Por Juliana Meirelles (da Redação)

Um casal que deixou o seu cão morrer dentro de um carro em um dia de altas temperaturas foi proibido de adotar animais domésticos novamente. Eles foram almoçar em um pub que aceitava animais domésticos, mas não o retiraram do automóvel. As informações são do Daily Mail.

Em temperaturas atingindo 30°C, Millie, um cachorro de sete anos de idade, Staffordshire Bull Terrier, “sem dúvida, sofreu no calor sufocante, apesar do Woolpack ser um pub que aceita cachorros”.

Após descobrir o corpo de Millie em seu carro, Anne, 70, e Kenneth Naylor, de 59 anos, informaram a sua morte para a RSPCA (Sociedade Real para a Prevenção de Crueldade Animal), em Bradford, antes de pedir à equipe no centro se eles tinham algum filhote que poderiam adotar no mesmo dia.

O casal foi almoçar no pub Woolpack em Esholt enquanto Millie foi deixado em seu carro numa tarde extremamente quente de Julho.
Eles foram proibidos de manter animais por três anos e cada um foi multado em £150 (aproximadamente R$450) após aparecer no tribunal de Bradford.

Ambos se declaram culpados de causar sofrimento desnecessário ao animal no dia 7 de julho – um dia onde as temperaturas estavam perto de 30°C.

O tribunal ouviu que, apesar da Woolpack ser um pub que permite a entrada de animais domésticos e fornece água para eles do lado de fora, os Naylors decidiram deixar o cão de sete anos em seu carro enquanto eles comiam.

Quando eles voltaram, uma hora depois, o animal estava morto.

Eles se dirigiram ao escritório em Bradford da RSPCA, onde revelaram o que havia acontecido.

De acordo com o pessoal, em seguida eles perguntaram se havia algum cachorro que eles poderiam “pegar” – algo que o casal nega.

Nigel Monaghan, da acusação, disse: “É inacreditável que após isso, eles possam pedir um filhote de cachorro da RSPCA”.

O pessoal da RSPCA encontrou o corpo do cão preso a um cinto de segurança na parte de trás do carro.

Quando um membro da equipe visitou o pub para investigar duas horas mais tarde, por volta das 3 da tarde, eles gravaram a temperatura exterior como 28°C.

O casal alegou ter deixado uma janela aberta atrás, ter estacionado em uma área de sombra e ter deixado água no carro.

A declaração do veterinário que realizou a autópsia, Graham Roberts, foi lida para o tribunal.

Ele disse que quando os cães são deixados em carros quentes a temperatura corporal se eleva rapidamente, a frequência cardíaca aumenta e eles podem sofrer de vômitos e diarreia.

Ele acrescentou: “O cão teve insolação e, sem dúvida, sofreu”.

“Ele teria ficado mais angustiado na tentativa de refrescar-se. Deve ser uma das formas mais desagradáveis ​​para um cão morrer. Um cão em um carro quente é essencialmente cozinhado até a morte”.

Em mitigação, Steven Kaye, da defesa, disse que o casal tem bom caráter e mostrou remorso depois da morte de Millie.

Eles terão que pagar uma multa por maus-tratos, pagar os custos de toda a operação da RSPCA e não poderão mais cuidar de nenhum animal doméstico.