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LIVRES NA NATUREZA

Casal de jaguatiricas que vive em reserva é enviado para o Tocantins e deve ajudar na reprodução da espécie no Cerrado

23 de março de 2024
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Foto: Divulgação/Márcia Albuquerque

O Tocantins ganhou mais dois moradores nesta semana ao receber um casal de jaguatiricas, que saiu do Mato Grosso, para ajudar na reprodução da espécie no cerrado. Os animais agora vivem em uma reserva de preservação privada, que fica em Almas, região sudeste do estado. Por causa de fatores genéticos, é necessário que os felinos cruzem com outros que não sejam da mesma família.

“A gente traz esses animais de outros locais para poder cruzar com esses animais [que estão no Tocantins]. Porque se eu pegar um irmão com irmã não dá certo. Então tem que ter uma variabilidade genética. Pego um animal meu e de outro local para poder mudar o DNA”, explicou a bióloga da reserva em Almas, Márcia Albuquerque Costa.

Os animais saíram do Mato Grosso na segunda-feira (18) e chegaram no Tocantins nessa quarta-feira (20). As jaguatiricas estão na Reserva Conservacionista Piracema, em Almas, e ficarão por lá por tempo indeterminado.

“Chegando lá a gente vai fazer um processo de adaptação. A gente vai deixá-los no cambiamento, para se adaptar um pouco. No outro dia a gente solta no recinto, para fazer o reconhecimento. E quando eles já estiverem habituados no local a gente solta os outros animais da espécie”, contou a Márcia.

Para ajudar na identificação os animais possuem microchips, que fazem um rastreamento. O objetivo desse processo de reprodução, segundo a bióloga, é ter os filhotes que depois serão devolvidos à natureza.

“A gente recebe animais ameaçados de extinção, aptos para reprodução, para poder conseguir os filhos e devolver de volta à natureza. Ser reabilitados e devolver a natureza”, disse.

Apesar das futuras jaguatiricas serem devolvidos à natureza, o casal recém-chegado no Tocantins não pode ser solto. Segundo a médica veterinária e coordenadora de fauna da Secretaria de Meio Ambiente do Mato Grosso, Danny Moraes, as duas jaguatiricas foram criadas sem cuidados parentais da mesma espécie, que ajudam na sobrevivência do animal na natureza.

“O macho veio da região médio norte do Mato Grosso e a fêmea veio da região do pantanal. Os dois estavam com a gente a quase dois anos. Eles tiveram cuidados parentais [feitos pelos cuidadores] porque precisavam eram muito pequenos. E apesar de eles terem habilidades, conseguem pegar presas vivas, eles se tornariam vulneráveis na natureza. Então acabou impossibilitando o retorno deles ao ambiente natural”.

Fonte: G1

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