A francesa Anne-Hélène Berçon e o chileno Marco Cid Capo ficaram famosos após embarcarem na incrível aventura de atravessarem três países em uma kombi na companhia de Papaya, cadelinha tutelada por eles. Mas, infelizmente, um episódio triste paralisou esta peripécia.
Enquanto estavam acampados na cidade de Areia, na Paraíba, a cachorrinha fugiu e desapareceu após se assustar com fogos de artifícios com estampidos. Papaya não é vista desde o dia 27 de junho e o casal ainda está na cidade à sua procura. Uma campanha está sendo realizada nas redes sociais para tentar encontrar o animal.
Anne-Hélène contou em entrevista ao portal G1 que o casal passou pelo Chile, pela Argentina e o Brasil é o terceiro destino. Apesar de estar acostumada com as viagens, Papaya sente muito medo em situações bruscas. “Uma noite eu soltei ela só para que fosse para o banheiro e ela fugiu, porque atiraram fogos de artifício. E ela se assustou muito, porque é muito medrosa com o barulho, então ela fugiu e correu na mata por trás do posto onde estamos ficando com a kombi”, lembrou.
Ela afirma ainda que acredita que fogos tiveram origem em comemorações de São João e São Pedro que estão sendo realizadas na região. Segundo Anne, o casal teve a felicidade de encontrar boas pessoas que tentam ajudá-los na melhor forma possível, inclusive indicando algumas cadelinhas que podem ser a Papaya, mas, infelizmente, ainda não há nenhum sinal da cachorrinha.
“Agora já faz 20 dias que ela desapareceu e acontece sempre a mesma coisa. Tem pessoas que são muito atentas e muito legais, mas nunca achamos a Papaya, sempre é outra cachorra”, disse a francesa. E completa “Essa cachorra é muito importante para nós, é a melhor companheira de viagem, ela é tudo para nós”.
Papaya: aventureira de nascença
A cadelinha foi resgatada no Chile quando tinha apenas duas semanas de vida por Anne Marco. A ideia inicial é que ela fosse disponibilizada para adoção responsável, mas o casal não conseguiu encontrar uma família para a filhote e como os planos para viajar pela América do Sul já estava em andamento, eles decidiram incluir a cadelinha na empreitada.
A inspiração do nome singular teve origem em uma animação. “Eles, no filme, fazem uma brincadeira com ‘papaya’, ‘banana’, essas coisas. Ela estava na cama conosco nesse momento e falamos ‘essa vai se chamar Papaya’”, explicou Hélène.
Papaya cresceu durante as viagens e agora é parte indissociável da família. A francesa faz um apelo a quem encontrá-la. “Ela é branca, tem pintinhas marrons no corpo inteiro, na barriga também e sua cabeça tem manchas pretas, marrom café, nas orelhas também”, descreve.
Ela afirma também que não tem intenção de deixa a cidade até encontrar a cachorra, que é muito amada e feliz junto ao casal.