Cachorros e gatos deixaram de ser apenas animais para virarem integrantes da família. Os cuidados aumentaram, mas nem sempre os tutores têm tempo ou dinheiro, por exemplo, para levá-los ao veterinário. Por outro lado, quem nunca presenciou um animal machucado ou abandonado em ruas e rodovias?
Pensando nisso, há mais de um ano o casal Luciano de Oliveira Pedroso, 35 anos, e Andréia Cristina de Paula, 32, criou o Fofão Resgate de Animais 24 horas, espécie de ambulância para animais. Em média, realizam cerca de 80 chamados por mês.
O veículo dispõe dos principais equipamentos para atender urgências envolvendo bichos, como maca, cilindro de oxigênio, kit de primeiros socorros e caixa de transporte. “Não somos veterinários, mas conversamos com veterinários, bombeiros, e o próprio dia a dia nos ensina muito”, disse Andréia.
O serviço é particular. Engloba táxi e baba dog, além do resgate no Grande ABC, Litoral e Interior. “Sempre gostei de animais. Fui fiscal do Uipa (União Internacional Protetora dos Animais) durante cinco anos e tinha noções de resgate. Comecei a pensar num serviço particular que pudesse ajudá-los, além do transporte, já que muitos ligavam perguntando se faziam resgate”, disse Luciano, que garante fazer o trabalho por amor aos animais. “Não importa o tempo que ficamos na rua. Ajudar é o que importa”.
Eles explicam que o resgate é feito se houver alguém responsável pelo bicho. “Não somos o Centro de Zoonoses, que recolhe animais. Fazemos todo o atendimento, levamos para o hospital, mas sempre com alguém se responsabilizando”, disse Andréia. Os pedidos são os mais variados: desde abandono até acidentes. O custo, segundo o casal, varia conforme a distância e a quilometragem.
Veterinários e clientes aprovam iniciativa
Quem já recorreu ao serviço do Fofão Resgate de Animais garante que o atendimento é diferenciado. “Os conheci por meio de um cartão que peguei no hospital veterinário. Precisava de um táxi dog para levar minha cachorra a uma clínica. E descobri que eles eram muito mais que isso. Inclusive já solicitei resgate de uma pitbull que estava abandonada em São Paulo “, disse a estudante de São Bernardo, Gisele Sarbouck Pastorello, 25 anos, que é protetora de animais.
Quem também conheceu o Fofão por meio de uma clínica veterinária foi a engenheira Iara Nespoli, 54, do Riacho Grande. “Precisava levar minha cachorra, que tinha problema na coluna e não conseguia andar. Eles foram atenciosos e auxiliaram na remoção dela, que pesava 30 quilos. Nesse dia, entre idas em clínicas e exames, ficaram comigo das 12h às 19h. Eles se solidarizam não só com o animal como comigo também”, contou.
E o casal não recebe chamados só do Grande ABC. A secretária Aniko Moreira,62, do Alto da Lapa, na Capital, entrou em contato semana passada para resgatar um cachorro abandonado no canteiro central da Rodovia Anhanguera. “Observei uns três dias e resolvi ligar. Eles foram até o local, prestaram os primeiros cuidados e o levaram a uma protetora que indiquei”.
Fonte: Diário do Grande ABC