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BANALIZAÇÃO DO SOFRIMENTO

Casa de leilões objetifica e explora animais com o pretexto de apoiar refugiados

25 de março de 2022
Bruna Araújo | Redação ANDA
3 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Pixabay

Enquantos ativistas e organizações em defesa dos direitos animais de várias partes do mundo se esforçam para ajudar os animais em situação de risco na Ucrânia e despertam a importância da valorização da vida, a casa de leilões escocesa Caledonian Marts fez o desserviço de anunciar um leilão de animais escravizados e explorados para consumo que terá como objetivo ajudar civis ucranianos que estão refugiados em vários países da europa.

A Caledonian informou em nota que todo o dinheiro arrecadado será doado para uma campanha da Unicef e para o projeto Central Plains Group. Ignorando o sofrimento dos animais, a casa de leilões disse apenas que o que se abateu sobre os ucranianos é um “horror”. O local ainda objetifica os animais que serão vendidos. “Ofereceremos bois, porcos, ovelhas e qualquer coisa cujo valor posssa fazer a diferença na vida dos refugiados”.

Lamentavelmente, a humanidade tem o hábito de classificar animais como domésticos, como cães e gatos, espécies dignas de serem protegidas, amadas e cuidadas e são indiferentes aos animais chamado de “criação”, cuja existência, supostamente, só é justificável para atender os desejos humanos, como vacas, bois, bezerros, porcos, ovelhas e galinhas. O que muitos querem ignorar é que esses animais são tão inteligentes, sencientes e precisam ser respeitados.

Outra ideia nonsense

O Zoológico de Paignton, na Inglaterra, criou uma campanha no mínimo contraditória que representa um verdadeiro desserviço ao reconhecimento dos direitos animais. Tendo como mote ajudar os animais que estão em situação de vulnerabilidade em zoos da Ucrânia, o Paignton está realizando uma venda massiva de ingressos que, segundo a administração do zoo, terá a verba revertida para comprar alimentos e suprimentos para ajudar as espécies silvestres e selvagens que estão no país do leste europeu assolado pela guerra.

Apesar de parecer ser uma iniciativa compassiva, isso deseduca o público a refletir que os animais que estão em risco na Ucrânia, sofrendo com a fome, o frio e o estresse, são na verdade vítimas do mesmo sistema que simula querer ajudá-los. Aprisionar animais em cativeiro para entrenimento humano os coloca em situação de completa vulnerabilidade. Em casos de guerra, tragédias ambientais e outras situações de risco de grandes proporções esses animais são colocados diretamente em risco de morte iminente.

O que acontece com os zoos da Ucrânia são um perfeito exemplo do porquê esses tipos de locais devem ser abolidos definitivamente em todo o planeta. Não é ético usar animais inocentes e indefesos como ferramentas de falsa compassividade. É uma dupla exploração. O zoo de Paignton usou suas redes sociais para para estimular turistas e cidadões a comprarem ingressos e consumirem nas instalações, incluisve na loja de presentes e restaurantes. Existe ainda a opção de pagar um ingresso “mais caro”, como uma forma de ajudar mais substancialmente os animais na Ucrânia.

A ativista Sarah Jefferson, da organização Born Free Foundation, espera que os animais aprisionados na Ucrânia sejam resgatados e encaminhados para santuários. “É de partir o coração pensar nos pobres animais presos nos zoológicos da Ucrânia, sem escapatória do barulho e do terror ao redor. Toda vez que a luta começa em vários países ao redor do mundo, os animais cativos do zoológico sempre pagam o preço, assim como a população civil – eles são vítimas inocentes”, disse em entrevista à Devon Line.

Nota da Redação: zoológicos e outros locais que aprisionam animais devem ser completamente extintos. Casos como o zoo de Feldman servem para alertar a população mundial sobre a injustiça e crueldade escondida atrás de zoológicos e outros locais que mantém animais em cativeiro apenas para divertimento humano. É preciso clarear a consciência para entender e respeitar os direitos animais. Eles não são objetos para serem expostos e servirem ao prazer de seres humanos. As pessoas podem obter alguns minutos de entretenimento, mas para eles é uma vida inteira de exploração e abusos condenados pelo egoísmo humano.

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