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Carta da Sociedade Vegetariana de 1933 descreve a exposição de animais mortos como uma "grave ofensa"

21 de junho de 2024
1 min. de leitura
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Foto: Instagram/@Chef_Liam_Penn

Em outubro de 1933, a Sociedade Vegetariana enviou uma carta ao prefeito de Bristol, Francis Crispin Luke, solicitando o cancelamento de uma “assadura pública de boi” planejada para arrecadar fundos para o Hospital Appeal Fund e o Christmas Dinner Fund do prefeito. A celebração, anunciada pelo Bristol Evening Post, foi considerada “muito digna” pela sociedade, mas a carta expressou preocupações sobre a exibição pública de um animal morto, descrevendo-a como uma “grave ofensa”, independentemente das preferências alimentares das pessoas.

A carta argumentava que a perpetuação de tradições antigas, apenas por serem antigas, não deveria ser um critério para o comportamento público. Sugeriu que a assadura de bois era um costume ultrapassado, comparável a práticas como “iscas com touros” e outros esportes sangrentos.

Recentemente, o chef Liam Penn, especializado em culinária à base de vegetais, descobriu esta correspondência histórica enquanto pesquisava para seu menu Edible Histories, que explora pratos e comidas influentes ao longo da história. Penn compartilhou a descoberta em suas redes sociais, destacando a descrição detalhada da carta sobre o quão antiquado e bárbaro era o desfile público de um animal morto.

Os bois, conhecidos por sua inteligência e sensibilidade, são tradicionalmente usados como animais de tração na agricultura, treinados para responder a comandos de maneira semelhante aos cavalos de tração. Estudos científicos têm confirmado que bois e vacas possuem uma vida emocional complexa e relações sociais sofisticadas, comparáveis às dos cães.

A carta da Sociedade Vegetariana, agora referenciada no Catálogo dos Arquivos de Bristol, reflete uma perspectiva progressista para a época, pedindo uma celebração mais alinhada com os ideais do século XX.

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