Ver um homem em cima de uma carroça puxada por um animal, em uma estrada de terra, é felizmente uma cena cada vez mais rara nas áreas rurais do interior sergipano. Agora o que se vê são os camponeses se deslocando pra lá e pra cá em cima da garupa de uma moto, o novo transporte popular do campo.
Quem tem, não quer saber de outra vida. Quem não tem, vive sonhando com o mais novo sonho de consumo dos lavradores sergipanos. “Rapaz, eu acho que deve adiantar muito o lado da gente. De vez em quando uso a de um colega meu pra ir lá no centro e chego bem mais rápido. É massa”, diz o jovem Joelson Batista, que ajuda o pai nas atividades rurais.
No trabalho, a moto também se tornou melhor amiga do homem do campo. Pela estrada de chão batido do povoado Queimadinhas, na cidade de Itabaiana, por exemplo, já é possível notar o emprego do veículo de duas rodas no comércio local, antes feito em carroças, e no transporte de pequenas cargas de madeira e frutas.
Estima-se que mais da metade dos carros de Sergipe estejam concentrados na capital, estatística inversa ao número de motocicletas que estão presentes em maior quantidade no interior, de acordo com o Departamento de trânsito (Detran).
Com prestações a partir de R$ 80, sem nenhuma entrada, o acesso às motos não é mais um grande obstáculo.
Para os animais, anteriormente explorados pelo agricultor, essa substituição representa apenas o início de um caminho em direção à sua verdadeira libertação.
Com informações do Infonet