Muitos condutores e passageiros têm o costume de carregar animais, principalmente cães e gatos, soltos dentro de seus veículos. O hábito é mais na parte interna, mas outros também levam nas carrocerias. O que parece um passeio saudável em família pode se transformar em problemas que podem culminar em multa, pontos negativos na carteira de habilitação, retenção do veículo e o que é pior: provocar acidente.
O comandante da Companhia Independente de Trânsito (Ciptran), major Alírio Villasanti Romero destaca que carregar animais soltos acaba tirando a concentração não só dos passageiros, mas também do condutor.
“Isto pode resultar num acidente de trânsito”, alerta. Além disso, cães podem se estranhar quando veículos ficam lado a lado, provocar latidos intermitentes e tirar a atenção de outros motoristas.
Embora pareça bonitinho a cena do animal pela janela, vale lembrar que o Novo Código de Trânsito Brasileiro trata do transporte de animais na parte interna e na externa dos veículos.
Quando flagrado no interior do carro, à esquerda do motorista ou entre seus braços e pernas (art. 252, II, do CTB), o condutor comete uma infração média e como penalidade fica com quatro pontos negativos na CNH e paga multa de R$ 83,13.
Em relação ao transporte de animais na parte externa (carroceria) a infração é grave o que acarreta em cinco pontos na carteira, multa de R$ 127,69 e como medida administrativa retenção do veículo até que o animal seja transbordado para local ideal de transporte.
Os compartimentos para transporte de pequenos animais como cães e gatos são vendidos em lojas especializadas (pet shop). Os preços variam conforme o seu tamanho, mas a partir de R$ 140,00 é possível adquirir um. “Se a pessoa levar em conta o valor da multa e o da caixinha que dará segurança e é um bem durável certamente vai achar um valor justo”, diz o gerente de um pet shop da Capital, Édson Amorim.
A universitária Fernanda Silva, 22 anos, tem um cachorro da raça poodle, de 12 anos de idade. Por muito tempo ela o carregou no banco da frente do carro sem prendê-lo no compartimento.
“Eu costumava carregá-lo assim solto, na janela. Fazia isto porque tinha certeza que não tinha consequência nisto, mas agora sabendo dos problemas que traz vou mudar meu comportamento”, garante.
Fonte: MidiaMax