Todas os dias uma família coloca coleira nos animais e os levam para passear pelas ruas do bairro Potengi, na Zona Norte de Natal. A cena descrita, que parece comum, se torna inusitada ao identificar os bichinhos como um carneiro e uma ovelha, conhecidos como José César e Belinha.
Essa história começou há um ano e dez meses, quando o carneiro, com apenas 20 dias de nascido, chegou para a família como um presente de um parente.
“Era para ser um cachorro, mas na verdade chegou essa criaturinha para alegrar nossa vida”, explica Alex Bruno Albuquerque, um dos ‘tutores’.
A mulher dele, Julianny Dantas, conta que a chegada do carneiro foi uma volta ao passado, já que na infância ela criou vários ovinos. Para ela, o carneiro José César é especial até no nome.
“Esse seria o nome do meu esposo, o Alex Bruno, mas a mãe dele trocou. Então, fizemos essa homenagem a ele, com o nome José César”, recordou.
Já Belinha é mais nova, tem cinco meses, e chegou para fazer companhia ao carneiro. Porém, eles ainda estão em processo de adaptação e vivem cada um em uma parte da casa: ela na parte da frente e ele no quintal.
Ambos são da raça Santa Inês e têm várias roupas temáticas. Nesse mês de junho a aposta da família foi em trajes juninos, com direito a chapéu, lenço e vestido florido.
Por ser mais velho, José César tem mais caracterizações. No Natal ele foi a rena do Papai Noel, também foi o Drácula no halloween, e no carnaval vestiu a fantasia de palhaço.
Além disso, quando completou um ano de idade, ele teve uma festa de aniversário com direito a bolo confeitado, lembrancinhas e convidados especiais.
A filha do casal, Maria Júlia, de 9 anos, convive bem com os animais e diz que eles são muito carinhosos.
“Todo mundo da escola cria gato, cachorro, e eu crio um carneiro e uma ovelha. Eles são maravilhosos e me dão muito carinho. Já comeram roupas, derrubaram copos, mas está tudo bem”, contou.
Enquanto caminham pelas ruas, os animais chamam atenção de quem vê a cena pela primeira vez e recebem o acolhimento dos vizinhos.
“Sempre que eles saem de casa encostam aqui na minha calçada pra receber um afago”, diz o aposentado Antônio Pedro.
Fonte: G1