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Carne com coliformes fecais leva 12 mil médicos a entrarem com ação contra o governo nos EUA

19 de abril de 2019
1 min. de leitura
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A entidade aponta que em 2013 já havia solicitado que as fezes encontradas em produtos alimentícios fossem como classificadas como um adulterante | Pixabay

Na última terça-feira, o Comitê Médico pela Medicina Responsável dos Estados Unidos (PCRM), organização sem fins lucrativos que representa 12 mil médicos, entrou com uma ação contra o governo dos EUA após a identificação de coliformes fecais na carne comercializada no país.

O processo aberto no Tribunal do Distrito de Columbia responsabiliza o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) por ignorar as preocupações sobre contaminação fecal.

A entidade aponta que em 14 de março de 2013 já havia solicitado ao Departamento de Agricultura para que qualificasse as fezes encontradas em produtos alimentícios como um adulterante sob a Lei Federal de Inspeção de Carnes e Lei de Inspeção de Produtos Avícolas, o que foi ignorado pelo órgão.

“Embora o USDA implemente uma política de ‘tolerância zero’ para contaminação fecal, essa política aplica-se apenas à contaminação fecal visível. Carne de frango, por exemplo, é aprovada na inspeção desde que as fezes não sejam visíveis a olho nu”, aponta o PCRM.

Na ação, a entidade incluiu depoimento de um inspetor federal que disse que cansou de ver aves descendo pela linha de produção com os intestinos ainda presos. “Uma vez que a ave entre no tanque de resfriamento [um grande tanque de água fria], a contaminação fecal entrará na água e contaminará todas as outras carcaças do resfriador. É por isso que às vezes chamamos de ‘sopa fecal’”, revela o inspetor.

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