Desde março em tratamento contra um câncer nos ossos de uma das pernas, a dona de casa Eliana Sattes, de 38 anos, encontrou nos gatos domésticos o conforto para seguir lutando contra a doença. Nininho está sempre junto da moradora de Cruz Alta, no Noroeste do Rio Grande do Sul. Conforme especialistas, a relação com os gatos fez a paciente aceitar melhor a doença.
“Para mim foi muito bom ter contato com eles. O carinho dos gatos me ajuda muito. Não importa a dificuldade, eles estão sempre junto, são companheiros. Eles vêm, deitam do lado, cheiram a perna, fazem um carinho”, comenta a dona de casa, com Nininho no colo.
“Quando a gente sabe que está doente, e quando essa doença é grave, a gente sente medo, medo do futuro, do que pode vir. Então essa troca de carinho, de afeto, diminui a ansiedade, a angústia, e faz o paciente aceitar melhor o tratamento”, diz o oncologista Fábio André Franke.
Entre os benefícios da relação entre paciente e animal estão a diminuição dos índices de depressão, uma melhor comunicação com os familiares, e o aumento da autoestima. Conforme a veterinária Danieli Brolo Martins, o animal sempre aceitará o tutor. “Os animais demonstram amor incondicional ao paciente. Por mais que o tutor tenha sido internado, esteja doente, por exemplo, tenha perdido o cabelo, o animal vai aceitar da mesma forma. No momento em que um cachorro aceita um afago, há um desvio do foco da doença e também da hospitalização”, explica.
Eliane aproveita o carinho do gato Nininho, e se mostra até surpresa com a proximidade do animal. “Jamais se imagina que um animalzinho vai te dar todo o carinho, todo o apoio”, diz. “Desde que haja a saúde do animal e uma boa receptividade do paciente, todos tendem a melhorar”, reforça a veterinária.
Fonte: G1