O PROTETOR DOS SAPOS E DESVALIDOS
Mais uma vez lembramos que o amor não é uma mercadoria, um bem físico ou algo que possa ser mensurado ou medido. Imaginar que o “AMOR” pode ser medido em impulsos, ou unidades de força, ou “volts”, como a eletricidade é um erro que quase todas as pessoas tem impregnado na mente.
O amor, não é um “bem esgotável” que você tem uma quantidade limitada e “gasta” ficando sem…. Ele é um sentimento, impossível de ser medido e quantificado. E diferente do que imaginamos, em relação a forças, quanto mais “usamos” ou “doamos” mais temos para dar!
Conversando sobre amor, que tem sua expressão pratica no ato da caridade desinteressada e espontânea, conheci mais uma pessoa defensor dos animais que demonstra que quem ama e protege os animais, não é uma pessoa “diferente”, “extremista” uma pessoa que não se preocupa com nada mais que com os bichos.
Esse moço, assumidamente homoafetivo, fato que só comento para que entendam as dificuldades que ele passa devido à ignorância que gera o preconceito bobo e maldoso. Resgata e cuida de animais desde a muito tempo. Cuidou de inúmeros filhotes de pássaros que caíram do ninho, já que as autoridades do “Meio Ambiente” da região são omissas, e sempre com a preocupação de devolve-los à natureza.
Todo dia prepara bebedouros para os beija-flores, ronda as matas ao redor da casa em busca de animais silvestres machucados. E é sempre chamado para “resgatar” insetos e outros bichos que “invadem” a casa dos vizinhos para reintroduzi-los à natureza, evitando que sejam vitimas de chinelos e inseticidas. Quantas lesmas e minhocas foram salvas por suas mãos, mesmo sapos e baratas ele corajosamente resgatava!
Se não bastasse tudo isso, ainda colabora com uma ONG de resgate de animais na sua cidade. Ajudando na recuperação de animais doentes e em feiras e campanhas de arrecadação de ração e de adoção de animais.
Mas não é desse lado “cachorreiro”, que vamos falar. O que mais me impressionou foi o fato de seu amor e caridade não diferenciar nenhum de seus semelhantes e se expressar sempre que haja necessidade de ajuda.
Com essas “ondas” de imigrações alguns Africanos chegaram a sua cidade, uma “colônia” tradicionalista de origem alemã da região sul, sem ter onde ficar foram buscar apoio na Igreja Católica, que através de uma freira, buscou auxilia-los. Esse moço, linda alma, mesmo sendo espírita, se compadecendo de nossos irmãos Africanos, sem lar e perdidos em uma terra estranha, se uniu à freira e os auxiliou.
Buscou encaminha-los e ajudar que arrumassem moradia e empregos. Gastou de seu precioso tempo em auxilio a esses nossos irmãos desvalidos, sem se preocupar com preconceitos ou dificuldades. Foi inclusive alvo de comentários impróprios e maldosos, mas enquanto os outros falavam besteiras, ele trabalhava pela obra de Deus. Ajudando seus semelhantes, como o “samaritano” sendo o próximo daqueles irmãos Africanos.
Mesmo incompreendido e ridicularizado não desistiu de fazer o que era certo. Muitos diziam absurdos sobre seu comportamento, vendo luxuria e depravação, onde só havia caridade e amor fraternal. Mas ele não desistiu, ajudou aqueles que precisavam, sendo um instrumento da misericórdia de Deus para esses irmãos necessitados.
Resgato o exemplo desse nosso irmão, defensor do bem, para mais uma vez lembrar a todos que o amor não é um bem “escasso” e que se esgota.
Não é preciso se amar só os cães e gatos, e se esquecer dos bois, cavalos e frangos. Do mesmo modo que não é preciso se amar só os animais e se esquecer dos idosos e crianças abandonados por suas famílias e outras pessoas necessitadas.
A todos é possível amar e ajudar sem restrição ou preconceito. Não temos “5 unidades força de amor” só para nossa família e nada mais….. Temos a capacidade infinita de amar, e demonstrar esse amor através de atos de caridade em favor dos necessitados. Sejam eles estrangeiros perdidos e desorientados, crianças deficientes físicas, idosos depressivos, pessoas doentes, animais abandonados nas ruas ou aqueles que são explorados pela ganancia humana!
Podemos ajudar a todos! Basta boa vontade e isenção de preconceitos! Faço minhas as palavras do ilustre médico:
“Não devemos contentar-nos em falar do amor para com o próximo, mas praticá-lo. Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seus semelhantes” – Medico – Dr. Albert Schweitzer
M. Veterinário Ricardo Capuano