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Capixabas celebram Finados em cemitério para animais

2 de novembro de 2011
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Aposentado foi visitar cadela morta em 2006 (Foto: Bruno Faustino/TV Gazeta)

O que fazer quando um companheiro de anos, um animal doméstico, morre? No município da Serra, Grande Vitória, duas empresárias apostaram na ideia de criar um cemitério para animais. Neste Dia de Finados, 2 de novembro, muita gente foi visitar os animais enterrados.

O aposentado Demoval Klippel, 70, trouxe flores para a cadela Sissi, que morreu em 2006.”Ela era muito esperta e companheira. Ficou com a gente durante 16 anos”, lembra com saudade. Péricles Klippel, 50, filho de seu Demoval, conta que a Sissi era uma grande companhia para a mãe durante um tratamento de câncer. “Minha mãe ficava alisando Sissi o dia inteiro. Ajudou muito no tratamento da doença”, relata.

A aposentada Verônica Dourado conheceu o cemitério nesta manhã. Ficou surpresa com o que viu. “Eu não sabia que aqui na Grande Vitória existia um lugar assim. Já sei onde enterrar meu cachorrinho quando ele morrer. Foi muito bom conhecer” finaliza.

No cemitério, segundo as proprietárias, cães e gatos são maioria. “Mas o local recebe também outros tipos de animais. Temos um hamster e uma tartaruga enterrados aqui. Recebemos todo o tipo de animal de pequeno porte. Só não recebemos animais de grande porte porque eles precisam ser cremados”, lembra Lorena.

Capixabas celebram Finados em cemitério de animais (Foto: Bruno Faustino/TV Gazeta)

No local, também existe uma em homenagem a São Francisco de Assis, santo protetor dos animais.  O celeiro Antônio Silva, 47 anos, é o responsável pela manutenção. Ele conta que faz os enterros e cuida do gramado e das flores. Ele que, muitas vezes, se emociona junto com os tutores. “O animal fez parte da vida dessas pessoas por muito tempo e a gente se emociona quando é preciso deixá-lo descansar em paz”, diz.

Atualmente, já foram realizados 500 sepultamentos no local, que é repleto de estatuas de gatos, cãe e passarinhos, em uma área de mil metros quadrados. As empresárias Lorena dos Santos, 35, e Neucy dos Santos, 70, sofreram quando perderam um cão. “A ideia do cemitério surgiu quando o nosso cachorrinho morreu e não sabíamos onde enterrar. Como tínhamos esse espaço, decidimos enterrá-lo aqui”, conta dona Neucy.

Para enterrar o animal é cobrada uma taxa de  R$ 480.

Fonte: G1

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