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Capivara é flagrada dentro da área do Lago do Café, em Campinas (SP)

26 de julho de 2011
2 min. de leitura
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Após quatro meses do sacrifício em massa das 14 capivaras confinadas no Lago do Café, no Taquaral, um roedor foi encontrado no parque. Na tarde desta segunda-feira (25), uma capivara foi flagrada andando dentro da área, próximo ao alambrado na Rua Heitor Penteado, em uma distância de cerca de cinco metros da calçada.

A existência do animal traz a tona as manifestações de ambientalistas contra a eutanásia realizada, de forma silenciosa, pela Prefeitura na noite do dia 12 de março. Levanta ainda a hipótese de possíveis falhas nas ações realizadas pela Administração para eliminar os riscos de contaminação da febre maculosa. Em 2008, os animais foram confinados em uma área de 2,5 mil m² dentro do parque.

Capivara flagrada pela reportagem nesta segunda (25) no Lago do Café. Foto: César Rodrigues/AAN

Três pessoas já morreram vítimas da doença, inclusive um funcionário do parque. A doença é transmitida pelo carrapato-estrela que tem a capivara como principal hospedeiro.

Pessoas que trabalham e moram próximo ao Lago do Café afirmam que há mais de uma capivara no local e que elas são vistas frequentemente. “Eu acho que essa que está aqui é que sobrou quando mataram as coitadas” , disse a moradora que pertence a uma das três famílias que vivem dentro do parque e que pediu para não ser identificada.

Não há confirmação se o roedor encontrado faz parte do bando que foi sacrificado. Dias após a operação, policiais do setor de Proteção aos Animais e do Meio Ambiente do 4º Distrito Policial (DP) encontraram um filhote de capivara no local de confinamento. No entanto, quando a Justiça autorizou a sua apreensão, ele não foi encontrado.

O caso

Em 2009, a Prefeitura fechou o parque depois que um funcionário morreu vítima de febre maculosa. Em janeiro deste ano, a Prefeitura recebeu autorização do Ibama para sacrificar os animais sob argumento de que causavam risco de contaminação.

A partir daí, deu-se início às manifestações por parte de ambientalistas e da população contra o abate dos animais. Mesmo assim, no dia 21 de fevereiro, o secretário de Saúde Francisco Kerr Saraiva anunciou o sacrifício das confinadas. 19 dias depois, os animais foram sacrificados, durante a noite e sem qualquer anúncio à imprensa.

Fonte: Rac

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