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EM MISSÃO

Capitão Paul Watson, fundador e presidente da Sea Shepherd, é detido na Groenlândia

Ele foi preso pela polícia dinamarquesa já que a Groenlândia é um território autônomo do país

21 de julho de 2024
Júlia Zanluchi
3 min. de leitura
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Foto: Markus Schreiber | AP

 

O grande ativista ambiental e defensor da causa anti-caça às baleias, Paul Watson, foi detido ontem (21/07), com base em um mandado de prisão internacional emitido pelo Japão. Watson foi preso pela polícia quando seu navio atracou em Nuuk, capital da Groenlândia, território dinamarquês autônomo.
 
O canadense Paul Watson, de 73 anos, é fundador da Sea Shepherd Conservation Society e usa táticas de ação direta para proteger a vida marinha, incluindo interceptar navios baleeiros como fazia no reality show Whale Wars – Defensores de Baleias.
 
Em um comunicado, a polícia da Dinamarca disse que Watson será levado a um tribunal distrital onde os policiais pedirão sua detenção antes de ser tomada uma decisão sobre se ele deve ser extraditado para o Japão.
 
A Fundação Capitão Paul Watson disse em comunicado que a prisão ocorreu durante uma parada em uma missão para interceptar o novo navio de caça às baleias do Japão, Kangei Maru, no Pacífico Norte. O alcance do Kangei Maru está alimentando especulações de que o país pode estar se preparando para retornar à caça no Oceano Antártico.
 
“Acredita-se que a prisão esteja relacionada a um antigo Aviso Vermelho emitido para as intervenções anteriores do Capitão Watson contra a caça às baleias na região Antártica”, disse a fundação. “Esse desenvolvimento é uma surpresa, já que os advogados da fundação haviam relatado que o aviso vermelho havia sido retirado.”
 
A fundação disse em postagem no Instagram que acredita que Paul pode enfrentar até 15 anos em uma prisão japonesa.
 
“Imploramos ao governo dinamarquês que liberte o Capitão Watson e não aceite este pedido politicamente motivado”, disse Locky MacLean, um diretor da fundação, no comunicado.

O Kangei Maru

O baleeiro de 9.300 toneladas, Kangei Maru, que partiu do Japão em maio, abate e processa baleias capturadas por embarcações menores. Está equipado com uma rampa que pode içar baleias-fin de 70 toneladas, podendo armazenar até 600 toneladas de carne ao mesmo tempo, permitindo-lhe permanecer no mar por longos períodos. É o primeiro novo navio desse tipo no país em mais de 70 anos.

O novo alcance do navio, de 13.000 km, está alimentando suspeitas de que, cinco anos após o Japão abandonar suas controversas caçadas “científicas” no Oceano Antártico e retomar a caça comercial de baleias ao longo de sua própria costa, se preparando para matar os mamíferos longe de suas próprias costas.

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