Um decreto do Conselho Estadual do Meio Ambiente obriga cidade de São Paulo a criar unidades de conservação para proteger o Parque Estadual da Restinga de Bertioga e o Monumento Natural da Pedra do Baú. Os locais são os maiores na região e guardam espécies ameaçadas de extinção.
O Parque Estadual Restinga de Bertioga tem pouco mais de nove mil hectares e fica na região da baixada santista, no trecho mais preservado da Mata Atlântica. O local abriga tudo o que sobrou do bioma local, correspondendo a 98%. São 44 espécies de flora que vivem sobre o risco de extinção e 117 espécies de aves, sendo 37 delas endêmicas e nove ameaçadas de extinção.
Além do mais, 93 espécies, sendo 14 raras e outras 14 ameaçadas estão no local. Os mamíferos somam 117 espécies, 25 deles de médio e grande porte, como a onça-parda, a anta, o cateto e a queixada, que também correm o risco de entrarem em extinção. Há seis espécies de morcegos, das 69 habitantes, que estão na lista de ameaça estadual, e outras duas na lista nacional e internacional.
Mas no Parque, além da diversidade, há uma variedade de ambientes, como dunas, praias, florestas, mangues e restingas. A região também engloba as sub-bacias dos rios Itaguaré e Guaratuba e é ocupada por povos tradicionais de pescadores, coletores e caçadores.
Já a Pedra do Baú, que também engloba a criação da unidade, possui uma área de 3.245 hectares onde além de receber muitos praticantes de montanhismo, vivem lobos-guará, muriquis primatas, águias-cinzentas, gaviões pega-macaco, saguis-da-serra, entre outros animais.
“As unidades de conservação possuem papel fundamental para a conservação das espécies. O exemplo de São Paulo deveria ser seguido por outros estados, de forma a ampliar consideravelmente as áreas que servem de abrigo para a biodiversidade”, explica o tutor do Portal Educação, biólogo, Carlos Lehn.
Fonte: Segs