Uma iniciativa da prefeitura de Lourdes, município de São Paulo, despertou a curiosidade de quem trafega pela região, a instalação das “capifaixas”, no dia 3 de setembro. O objetivo da ação é chamar atenção dos motoristas à travessia de capivaras na estrada, evitando o atropelamento destes e de outros animais silvestres.

Em uma área de maior fluxo de carro, uma ponte também foi construída para a passagem de macacos, além de hospedagens de placas de sinalização para a preservação das espécies. A elaboração e execução dos projetos foram viabilizados pelo Programa Município VerdeAzul (PMVA), que auxilia as prefeituras paulistas na gestão de estratégias que visam o desenvolvimento sustentável do estado.

A expectativa é diminuir a quantidade de atropelamentos, principalmente durante o período de seca e estiagem, que é a época que os animais tornam-se mais vulneráveis, pois saem em busca de alimentos e de água. A coordenadora do PMVA, Elaine de Souza Vilas Boas, demonstra otimismo. “Foi muito positivo o resultado. As pessoas ficaram curiosas e estão reduzindo a velocidade e parece que o resultado vai ser cada vez melhor”, disse em entrevista ao G1.

Monitoramento de animais atropelados

Para monitorar o número de atropelamentos de animais nas rodovias brasileiras, o Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas (CBEE), da Universidade Federal de Lavras (MG), devolveu o Atropelômetro. O sistema estima mais de 1,3 milhões mortes de bichos silvestres por dia, registrando uma quantidade assombrosa de atropelamentos por ano, cerca de 475 milhões.

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