Spike era um cachorro paraplégico que vivia no Clube dos Vira-Latas, em Ribeirão Pires, interior de São Paulo. Durante uma visita ao abrigo de animais, em 2015, a estudante Carolina Garcia Pinheiro cruzou o seu olhar com Spike. Na mesma hora ela lembrou de Toy, seu cão que havia sumido há cinco anos. Será que eles são o mesmo cachorro?
“Em momento nenhum a gente parou de procurar o Toy. Eu ainda sentia que poderia achar.” Carolina Garcia Pinheiro, estudante.
Alguns indícios fizeram Carolina suspeitar que Spike era Toy: ambos gostavam de brincar de bolinha e tinham otite crônica na orelha esquerda. Contudo, Toy não era paraplégico antes do desaparecimento. Ela só teve a confirmação quando levou toda a família para reconhecer o cachorro. “Foi muita emoção. É inexplicável. Era nítido quando ele olhava para mim e para minha avó, o olho dele brilhava bastante. Um olhar de ‘te conheço e sei quem você é'”, ela conta.
A veterinária Rita Ericson, especialista em comportamento animal, explica que as necessidades especiais com os animais paraplégicos envolvem os cuidados do dia-a-dia, como limpeza das fraldas, além do incentivo para que os animais continuem a se movimentar. “Dependendo do tipo de piso e do peso do animal, ele pode fazer feridas na pele ao se arrastar. Mas existem as opções de cadeirinhas, colchões e alças, que são boas para animais mais velhos”, ela orienta.
Fonte: G1 Fantástico