Por Loren Claire B. Canales (da Redação)
Um aterrador fato aconteceu no final de junho em um balneário da localidade serrana de Tanti (Argentina) onde um grupo de jovens entre 20 e 35 anos se reuniram para passar o dia e fazer um churrasco e logo depois abusaram sexualmente do cão que pertencia a um deles. As informações são do Seamos Mas Animales e Centediario.
Os sujeitos começaram alcoolizando o animal e, posteriormente obrigaram o cão, da raça pit bull, a praticar sexo oral e terminaram o fato abusando sexualmente dele, segundo contou um dos participantes através do seu perfil no facebook.
Os autores de tamanha barbárie tornaram públicas as suas ações na rede social mediante a publicação de fotos nas quais se via como introduziram à força bebidas alcoólicas no pequeno corpo do animal. Além disso, relataram de forma explícita, e entre risadas, cada uma das humilhações a que o cão foi submetido. Em pouco tempo essas fotografias se tornaram virais e uma usuária conseguiu notificar instituições protetoras de animais de Villa Carlos Paz, localidade vizinha.
“Vamos lutar porque é um fato repudiável. Logo após recebermos a notificação, fizemos a denúncia para que este pobre animal seja retirado desses jovens”, disse Cintia Daglio, titular da Associação IPAD.
“Hoje temos uma reunião com os integrantes da FUPA (Fundación Proteccionista de Animales) para recebermos assessoria legal e continuarmos com isto porque não vamos deixar passar em branco, é um fato lamentável”, sustentou Elizabeth Caserta, membro da FUPA.
Segundo informações das associações locais defensoras dos animais, o atroz caso será levado à Justiça para que os culpados sejam castigados. A polícia de Córdoba já deteve três suspeitos de participar dos maus-tratos ao pit bull: Juan Cruz Cornejo, Ezequiel Galli e Alejandro Martin Rosso, que serão enquadrados na lei Sarmiento 14346 de proteção aos animais e que prevê até 1 ano de prisão aos envolvidos. Mas são raros os casos de maus-tratos em território argentino nos quais esta pena máxima é aplicada, por se tratar de uma lei obsoleta, datada de 1954. Mais dois suspeitos são procurados pela polícia local.
Supostamente, o pit bull foi levado à delegacia de Carlos Paz, onde ficou até concluírem as investigações, no entanto, há fortes evidências de que os policiais levaram um outro cão para a delegacia ao invés da verdadeira vítima, agravando o crime e colocando todos os que seguem este caso em total incerteza.
Segundo comparações, de acordo com as fotos que circularam pelas redes sociais e o cão que a polícia levou, nota-se que é um cão diferente, levaram o cão errado, sob o único propósito de eximir os acusados da denúncia de maus-tratos.
Cintia Daglio declarou que o cão está em posse da Justiça e tem dúvidas de que seja o mesmo animal que sofreu os maus-tratos, pois o pit bull que está com a polícia é mais velho que o das fotos.
Na sequência destas dúvidas, a pergunta que muitos fazem é: Onde está o cão maltratado? Nascem diversas hipóteses, entre elas, a de que os envolvidos esconderam a verdadeira vítima na casa de algum familiar e também, o que seria pior, que a tenham matado para eliminar qualquer evidência deste crime cruel.
No momento as investigações estão em andamento e deve ser exigido que as autoridades se esforcem ao máximo para que este crime possa ser esclarecido e os culpados condenados conforme as leis do país, ainda que este panorama todo dê a entender que se a verdadeira vítima não aparecer, tudo ficará mais fácil para a defesa dos criminosos.
No início do mês houve uma manifestação junto à Procuradoria de Villa Carlos Paz para exigir a resolução deste caso, que causou grande comoção em toda a província de Córdoba e em outras províncias do país, tais como Rosário, Buenos Aires, Corrientes e Mendoza. Uma petição foi criada na plataforma Change.org, clamando por justiça. Assine aqui.