A tragédia aérea ocorrida no dia 29 de dezembro na Coreia do Sul deixou 179 mortos. Entre as vítimas estava a família de Pudding, um cachorro que perdeu todos os nove entes queridos no acidente. De acordo com a organização Coexistence of Animal Rights on Earth (CARE Korea), o cão era profundamente apegado à sua família. Após o trágico acontecimento, o cachorro foi visto vagando pelas ruas de seu bairro, em busca de seus tutores.
Imagens publicadas nas redes sociais mostraram o animal olhando para os carros que passavam, esperando o retorno de seus tutores.
“Eles nunca voltaram”, escreveu a organização. “E a casa vazia que eles deixaram para trás era alegrada pelo cachorro doméstico da neta de cinco anos, Pudding. Pudding olhava para todos os carros que entravam na cidade, e os moradores locais o alimentavam por compaixão pela perda de sua família.”
A solidão de Pudding comoveu a comunidade. Vizinhos e organizações uniram-se para lhe fornecer comida e abrigo. No entanto, sua condição física e emocional deteriorou-se rapidamente. Ao ser resgatado pela CARE Korea, descobriu-se que o cachorro havia ingerido alimentos tóxicos para cães, como ossos de frango e cebola, colocando sua saúde em risco.
Graças à intervenção da organização, Pudding recebeu atendimento veterinário especializado e iniciou seu processo de recuperação. Enquanto isso, a CARE Coreia contatou os parentes sobreviventes de Pudding, que autorizaram a organização a encontrar um novo lar para ele.
No dia 2 de janeiro, a CARE Coreia revelou a história do cachorro e abriu um pedido de adoção. A resposta foi esmagadora: milhares de pessoas manifestaram o desejo de lhe dar um lar e o carinho de que tanto necessita.
“Tem muita gente que chora a morte da família e quer ajudar o Pudding adotando-o. A CARE ajudará Pudding a encontrar um bom lar adotivo que o ame tanto quanto sua família falecida”, disse a organização. “Lamentamos profundamente a morte de todas as vítimas do desastre aéreo, incluindo a família Pudding, e oferecemos as nossas condolências às famílias afetadas”, acrescentaram.
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Fonte: O Globo
