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Cão tenta escapar de casa, pula portão e fica preso nas lanças

27 de fevereiro de 2011
2 min. de leitura
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O dia do dócil cãozinho Max foi atípico e diferente dos demais. Ao tentar pular o portão da casa onde vive com um casal, em Limeira (SP), ficou preso nas lanças, que entraram abaixo da barriga. Seus tutores estão em viagem e o pequenino, sem ter o que fazer, contou com a ajuda dos moradores do Residencial Village, que acionaram o Corpo de Bombeiros. Ele foi levado ao Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), onde foi operado e passa bem.

O olhar do pequeno Max, que na tarde de ontem, ainda estava sob efeito de medicamentos, deixava transparecer a dor e a tristeza que passou no momento em que ficou enrroscado nas lanças. Muito tranquilo, ele aguarda agora pela sua recuperação.

De acordo com o coordenador do CCZ e veterinário Paulo Baraldi, o Corpo de Bombeiros precisou cerrar as lanças para retirar o cão do portão. Ao chegar ao local, devido o estado do animal, os bombeiros acreditavam que seria necessário sacrificá-lo, no entanto, Baraldi, ao ver que o cão tinha salvação, operou-o rapidamente para retirar as lanças de seu corpo.

“Foi feita a reconstituição muscular das áreas lesadas e agora Max se encontra na sala de recuperação sob efeito de sedativo, analgésico e antibiótico, onde ficará até apresentar melhoras”, disse. Como as lanças são áreas contaminadas, Baraldi ressaltou que o cão possa necessitar de um dreno até que a ferida seja cicatrizada por completo. Foi feito assepsia no local do ferimento com antibióticos, no entanto, a saída de Max ainda é imprevisível e depende de sua recuperação.

Eronides Belo da Silva é inquilino dos tutores do cãozinho e mora na casa dos fundos. Segundo ele, Max é muito calmo e dócil e nunca havia pulado o portão. O casal, que pegou Max desde pequeno e o amamentou na mamadeira, está fora da cidade desde terça-feira e ainda não sabe sobre o acidente em que o animal se envolveu.

Cirurgia

O Zoonoses realiza várias cirurgias em animais que sofrem diversos tipos de acidentes. Baraldi não soube especificar ao certo quantas são feitas ao mês, porém, diariamente, acontecem de 4 a 5 cirurgias – 90% é castração e as demais são urgências que chegam ao CCZ.

O coordenador contou uma série de episódios onde o Zoonoses conseguiu salvar a vida de animais que chegaram ao local em estado grave.

“Certo dia, trouxeram uma gata que estava em trabalho de parto havia uma semana e os filhotes estavam em estado de decomposição em sua barriga. Mesmo assim, conseguimos recuperá-la”, lembra.

Outra história contada pelo veterinário foi de um cão que não defecava havia dias, pois a bexiga empurrava o intestino. Um outro chegou a CCZ sem o globo ocular e, após a cirurgia, ficou 100% recuperado.

Fonte: Gazeta de Limeira

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