Erik Porto
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Durante o dia 20 de fevereiro, ao chegar em casa por volta das17h, notei a ausência da minha cadela no quintal, então fomos à procura pela regiões próximas à minha rua, e não a encontrei em lugar algum.
Perguntei para um vizinha e ela me informou que viu a cadela deitada na calçada em frente à minha casa por volta das 11h logo depois que eu e minha mãe saímos.
Então minha mãe ligou na Zoonoses por volta das 21h (contatos no site de CCZ/ Prefeitura) perguntando se foi recolhido algum cão na rua Pedra Formosa, Bairro do Imirim onde resido. Segundo a atendente, não havia sido recolhido nenhum cão nessa rua, somente na região do bairro do Tucuruvi.
Como procuramos em todo lugar com o carro, estávamos perdendo as esperanças, até porque a atendente da Zoonoses convenceu que alguém deveria ter acolhido o cão em função de ser bem cuidado e manso .
Então no domingo (21/02) minha mãe falou com alguns vizinhos e um deles relatou que o CCZ efetuou o recolhimento do cão, sim ,e até citou o nome da vizinha que fez o pedido (Sra. Vera).
Liguei novamente durante a noite ao CCZ e relatei o fato e eles negaram o ocorrido, pedindo para eu ir pessoalmente e olhar nas baias.
Então compareci no CCZ às 10h no dia 22/02 e fiquei por volta de 1 hora e meia, porque ao procurar com bastante cuidado eu não encontrei o cão. Falei com uns funcionários da Zoonoses e eles afirmaram que ao CCZ não foi porque não tem vaga nas baias.
Fui procurar no setor de cães de grande porte, e não estava presente nas baias. Aí fui até o plantão, comuniquei que foi o CCZ que recolheu, que foi a Sra Vera que fez o pedido e que minha cachorra foi recolhida na rua Pedra Formosa, na altura do número 100 (quase em frente da minha casa), por volta das 15 horas e quem ligou fazendo o pedido foi a Sra. Vera, e que, segundo uma vizinha, viu até ela escrevendo uma ficha antes de levar o cão. Mas mesmo assim negaram o recolhimento do cão.
Eu já me encontrava desesperado, afinal sabia que ela teria ido para o CCZ. Como último recurso, pedi para minha mãe ir até a Sra. Vera para pegar o nome completo mais RG, já que quando entrei no CCZ pediram o mesmo.
Durante a procura, minha mãe sentiu uma certa dificuldade porque a Sra. Vera nunca estava presente, segundo os filhos da mesma, porém minha mãe teve a felicidade de encontrá-la.
A Sra. Vera não queria dar os dados dela, mas deu o número de protocolo do pedido de recolhimento do cão: 9047518
Então, na segunda feira durante a noite, entrei em contato com o CCZ novamente, relatei o ocorrido , falei que ela foi recolhida na minha própria rua, e que foi a vizinha que chamou, citando horário e local do recolhimento. Negaram da mesma forma.
Falei que eu estava com o número de protocolo em mãos, ao citar o número do mesmo, a funcionária passou para outro profissional , que acredito que seja o veterinário.
Ele descreveu as características do cão até mesmo a coleira, e o nome da Sra. Vera que fez o pedido, e citou que ela sofreu o processo de eutanásia no mesmo dia de recolhimento, porque deu entrada como atropelamento.
Daí, então eu perguntei: como o Sr. chegou a essa conclusão? Ele mencionou que ela não estava mexendo as patas traseiras, ai falei que era praticamente impossível, pois a rua onde ela foi recolhida é onde eu resido e é estreita e o tráfego de carros é bem limitado e ela permaneceu somente na rua onde moro, em função da dificuldade que ela teria para andar .
E essa dificuldade de mobilidade das patas era normal, levando que o cão tinha 14 anos, veio de uma cirurgia recente, tinha artrose nas patas em tratamento, e pelo fato de que estava muito calor naquele dia e ela passou boa parte do tempo na rua, simplesmente ela estava exausta.
Outra coisa: a vizinha deu água e comida para ela um pouco antes de o CCZ fazer o recolhimento. Se foi vítima de atropelamento, ela não iria nem comer, e mesmo que fosse, minha mãe teria o direito de interná-la em um clínica para sua recuperação.
Então voltei a falar com os vizinhos, todos que viram o recolhimento do cão negam o atropelamento e só confirmaram a dificuldade em andar.
Conclusão: a cadela não foi vítima de atropelamento, praticaram a eutanásia porque não tem vaga. “Impossível ela ter vindo para as baias, não tem vaga”, afirmou um funcionário presente no CCZ.
Não vou trazer meu cão de volta, mas não quero que pegue outro cão idoso e pratiquem eutanásia e relatem que foi atropelamento e que negam a verdadeira informação que só aumentou o sofrimento da família.
Nota da Redação: Em resposta à denúncia do Sr. Erik Porto, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) do Município de São Paulo esclarece que abriu uma comissão de averiguação preliminar conforme Diário Oficial da Cidade de São Paulo de 20/03/10 e 26/03/10 para apurar os fatos e possíveis irregularidades. O CCZ já recebeu e ouviu o denunciante e o informou sobre as referidas providências.