O cachorro que foi queimado vivo em Santa Maria na quarta-feira (26) segue em tratamento em uma clínica do município da Região Central do Rio Grande do Sul, e inspira cuidados. O caso ainda não está esclarecido e a Polícia Civil investiga. Na manhã desta quinta (27), agentes foram até a rua onde mora o tutor de Bud para conversar com vizinhos. O tutor dele define o ato como “maldade”.
Gustavo Castilhos, proprietário da clínica onde o cão está internado, suspeita que alguém tenha jogado gasolina e ateado fogo no animal enquanto ele acasalava com uma cadela. Maltratar, ferir ou mutilar animais é crime, com pena de três meses a um ano de prisão e multa. A polícia ainda não aponta suspeitos.
Bud estava no soro e recebia atendimento da veterinária Letícia Adamy na manhã desta quinta. Ele teve os curativos das patinhas trocados. O pelo dele ainda cheira a queimado, e a urina sai bastante escura. Um pedaço do pelo do animal foi cortado para ser examinado. O objetivo é descobrir quais produtos foram usados.
Logo que chegou à clínica, levado por um vizinho, a veterinária constatou que, além de sofrer queimaduras na pele, teve danos no pênis, que estava exposto no momento das queimaduras e terá de ser amputado. O cão foi submetido a uma fluidoterapia, para hidratar a pele, e terá de ficar cerca de duas semanas em recuperação antes de ser submetido à cirurgia.
O responsável pelo cachorro ficou sabendo do que ocorreu depois, e foi até a clínica ver como ele estava. Para Valmor dos Santos, que é policial militar aposentado, o que aconteceu com Bud “foi uma maldade”. Afirma que não sabe quem cometeu o ato. “Espero que a polícia faça algo, para que isso não se repita”, destacou. No portão de casa, ele mostra um buraco e supõe que o cão possa ter escapado por ali.
Além do tratamento com medicamentos e troca de curativos, Bud também recebeu um banho a seco na clínica. Na sala em que ele recebe atendimento, um ar-condicionado aquece o ambiente, já que ele sente muito frio.
Doações são pedidas pela família, que diz não ter condições de pagar o tratamento, que deve ser longo. Interessados em ajudar podem entrar em contato com o estabelecimento pelo telefone (55) 3223 8004. O proprietário garantiu que fará o menor preço possível. “É um caso que comoveu a nossa região”, salientou.
Fonte: G1