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Cão queimado com água quente se recupera lentamente em Rio Pardo (SP)

2 de setembro de 2013
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Cão foi abandonado por família que morava no  bairro (Foto: Matheus Mafepi/Arquivo pessoal)
Cão foi abandonado por família que morava no bairro (Foto: Matheus Mafepi/Arquivo pessoal)

O cão que teve o corpo queimado com água quente  jogada por uma mulher que queria espantá-lo da frente da casa dela, na última quinta-feira (29), em São José do Rio Pardo (SP), se recupera lentamente dos ferimentos, segundo o voluntário de uma ONG da cidade que presta atendimento ao animal, vítima de queimaduras de terceiro grau.

“Ele está bem melhor do que quando chegou. A pele começa a cicatrizar, mas entre esta segunda ou terça-feira vou levá-lo ao veterinário porque a vista esquerda dele também foi afetada”, contou o comerciante Matheus Mafepi, que é dono de uma loja de pet shop e atua na ONG União Protetora dos Animais Riopardense (Unir).

Segundo ele, uma equipe da Polícia Ambiental foi ao local para avaliar a condição do cachorro. O resultado do laudo feito por um veterinário nesta semana será anexado ao processo contra a dona de casa que cometeu a agressão. Ela deverá responder por maus-tratos e abuso contra animais, além de pagar uma multa que pode chegar a R$ 3 mil.

Cão abandonado  

Segundo Mafepi, o cão se chama Valente e foi abandonado pela família quando ela se mudou. “Uma vizinha me procurou e disse que escutava os tutores chamá-lo por esse nome. Ela disse ainda que após a mudança a família abandonou dois cães no bairro”, contou.

Mafepi afirmou que ninguém na região tem informações sobre o paradeiro dos antigos tutores, por isso o cão estará disponível para adoção logo que se recupere.

“Tenho dado a medicação, passado pomada nas partes em que há ferimentos profundos. Ele já está comendo melhor, mas ainda fica um pouco acuado. A pessoa que ficar com ele deverá ter um pouco de paciência. Mas ele é bem dócil. Hoje ele brincou um pouquinho e até o levei para dar uma voltinha”, relatou.

Quem estiver interessado em adotar o cão Valente, pode entrar em contato com Mafepi no telefone (19) 9427-8690 ou procurá-lo na loja em que trabalha na cidade em horário comercial.

Justificativa  

A dona de casa que jogou água quente no cão tem 36 anos e mora há um ano no bairro. Ela, que prefere não se identificar, disse ao G1 que, desde que se mudou, cinco cães ficam diariamente na calçada em frente à casa e causam transtornos devido à sujeira de fezes e urina.

“Eu pintei o portão em março e já está todo enferrujado de tanto xixi. Todo mundo comete um erro quando é pressionado. Eu tenho uma cachorrinha vira-lata e nunca tratei mal. Para eu ter chegado a esse ponto é porque a situação já estava insuportável, foi um momento de raiva. Joguei a água para espantá-lo, mas me arrependo do que fiz”, contou.

A mulher relatou ainda que gatos entram frequentemente na casa dela e, por isso, o carro dela está todo arranhado. Ela afirmou também que chegou a pensar em buscar auxílio na Prefeitura, porque a situação estava insuportável. “Eu encontrei um conhecido que trabalha lá, expliquei a situação e perguntei o que fazer. Tinha até pedido o telefone da Zoonoses, mas na hora da raiva não consegui me conter”, relatou.

Fonte: G1

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