Esta semana, o cão que salvou uma menina de cinco anos de um incêndio em Cachoeirinha, na região metropolitana de Porto Alegre (RS), ganhou uma medalha de bravura do Corpo de Bombeiros. A família saiu correndo quando a casa pegou fogo e não percebeu que a menina ficou para trás. No entanto, o cachorro, um SRD chamado Uísque, encontrou a menina, a acordou com lambidas e os dois conseguiram sair ilesos da residência.
De acordo com o tenente André Delziovo da Cunha, se não fosse a atuação de Uisque, a criança poderia ter morrido.
“O trabalho dele foi de um herói, porque ele foi de encontro a ela, que tava dormindo na casa. Se não tivesse a atuação do cachorro, ela poderia ter ate morrido com a intoxicação da fumaça”.
Com o distintivo da corporação, Uísque se tornou o primeiro cão-bombeiro de Cachoeirinha. O que foi motivo de orgulho para Ana Karolina, a menina que foi salva do incêndio.
“Ele é um herói”.
Incêndio
A residência que pegou fogo pertencia aos tios da menina. O casal e o cachorro haviam se mudado para a casa nova, em Cachoeirinha, no inicio do mês. O cunhado da dona da casa, a mulher dele e a filha, Ana Karolina, de cinco anos, também estavam no imóvel. Pouco antes do almoço, o fogo começou, como explica a mãe da criança, Cleris Kramer.
“Pegou fogo na panela, deve ter derramado gordura, daí pegou fogo. (…) Não dá pra dizer ao certo como que foi porque ninguém viu. Quando nos vimos tinha fogo no botijão do fogareiro”.
A casa tinha cinco cômodos: uma sala, uma cozinha e dois quartos separados por um banheiros. Quando o incêndio começou no fogão, Ana Karolina estava em um dos quartos, como conta o pai de Ana Karolina, Heitor Ávilla.
“Eu não sabia que a minha filha tava dentro de casa. No momento do fogo, eu quis tentar salvar ali, a casa. Infelizmente, eu não sabia que ela tava lá dentro”.
Os adultos correram para fora e Uísque foi em direção ao quarto. Ele acordou a menina com lambidas. A garota levantou e, no meio das chamas, foi guiada pelo cachorro para uma área do terreno onde já estava a família dela, para alívio da mãe dela.
“Na hora da correria, a gente não viu ela, não se lembrou dela. Depois que tudo tava queimado, nós vimos que a Ana tava aqui na rua. (…) Se não fosse ele acordar ela, não sei, ela podia ter morrido queimada lá dentro”.
Os tios da menina já começaram a reconstruir a casa com a ajuda que receberam da família e dos vizinhos.
Fonte: R7