O cão encontrado pelo Grupo Vida Animal de Maceió (GVAM), no Sítio São Jorge na semana passada, com suspeita de fratura no pênis e com uma grave infecção no genital, já iniciou tratamento veterinário e nesta sexta-feira (23) foi realizada a primeira sessão de quimioterapia no animal.
O GVAM encaminhou o cão Batatinha, como é chamado pela tutora, a dois especialistas em veterinária para avaliar a situação dele e o parecer foi o mesmo. Segundo os veterinários, o animal apresentava um tumor venéreo transmissível (TVT) com uma infecção grave ocasionada pela pancada que o animal havia recebido na região.
Já na primeira consulta, através de exames, a suspeita de fratura na genital do animal foi descartada, contudo, ainda existe a possibilidade de amputar o órgão do cachorro que se apresenta bastante inchado e infeccionado.
A divulgação do caso do ‘Batatinha’ causou comoção geral na população que se solidarizou com o sofrimento do animal e, através das doações, contribuíram para que o tratamento fosse realizado.
“Caso não precise amputar o pênis, o Batatinha deve passar por uma cirurgia de castração, para que ele não saia cruzando com as cadelas de rua e volte a contrair a doença e encontre mais pessoas más como a que o agrediu da ultima vez”, explicou a voluntária. “As pessoas se sentem ‘ofendidas’ quando eles [os cães] ficam ‘engatados’ e atiram pedras, dão pauladas, enfim. Eu já presenciei cenas como essas diversas vezes”, lamentou Luceli.
foi a única pessoa em três anos que se importou com o sofrimento do Batatinha” (Foto: Divulgação)”]Segundo a voluntária, o veterinário Paulo César, da Clínica Animais.com, que está à frente do tratamento do animal, explicou que as sessões podem curar o animal sem precisar amputar o órgão, entretanto, Batatinha ainda deve passar por outra cirurgia para evitar que ele contraia a doença venérea novamente.
“Por conta do inchaço, deve levar de quatro a cinco sessões de quimioterapia para curar a infecção e, só depois, o veterinário vai poder avaliar se será necessário ou não a amputar o pênis do Batatinha”, disse Luceli Mergulhão.
“Nós vamos divulgar os comprovantes, mas já antecipo que graças aos depósitos conseguimos já quitar as primeiras contas do tratamento. O grupo GVAM agradece muito pela atenção que tivemos nesse caso”, disse a voluntária.
Segundo o GVAM, os gastos iniciais com o tratamento, entre medicamentos, consultas veterinárias e transportes, ficaram em torno dos R$ 260 e as doações chegaram a mais de R$ 230 o que tornou possível a realização desse trabalho.
Para garantir que o tratamento do animal prossiga com sucesso, Luceli pede que a população continue ajudando, pois para que ‘Batatinha’ fique totalmente saudável é necessário que as sessões de quimioterapia prossigam. Além disso, há os gastos com a cirurgia à qual o animal será submetido.
“O tratamento apenas começou. Pelos menos outras três sessões de quimioterapia serão feitas. Ainda tem a conta da cirurgia, seja de amputação ou de castração, como já explicamos”, disseu a voluntária. “Além disso, teremos gastos com medicamentos e a internação do animal para a cirurgia. Por isso pedimos que a população continuasse ajudando”, disse.
A voluntária do GVAM garantiu disponibilizar em breve os comprovantes de depósito na conta bancará do GVAM e também os comprovantes de gastos com o tratamento do animal. Segundo ela, caso o dinheiro depositado cubra todos os gasto do tratamento de Batatinha e sobre dinheiro na conta, o restante será convertido em tratamento de animais de pessoas carentes.
“Iremos informar tudo sobre o processo de recuperação desse animal. Mais uma vez agradeço a todos que contribuíram e viabilizaram esse processo, apoio como esse nos dá força para continuarmos com essa luta por esses animais que não tem como se defender”, finalizou Luceli.
Para maiores informações, basta ligar para (82) 9168.5787, (82) 8888.6570 e (82) 9625.3013.
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
CONTA – 18235-8
OP.- 013 POUPANÇA
AGENCIA – 1557
LÍVIA TEREZA MAIA COUTINHO
Entenda o Caso
De acordo com o GVAM, o caso do cão do Sítio São Jorge chegou ao conhecimento do Grupo por acaso, quando uma das voluntárias passava pelo local para entregar um animal adotado e encontrou esse cachorro solto na rua.
Segundo a tutora do animal, a infecção foi causada por uma paulada desferida por um homem, não identificado, há três anos, pois ‘o homem não gostou de ver o animal cruzando no meio da rua’. Desde então, o animal sofre com infecção.
“A maldade humana não tem limites. A Mayara foi a única pessoas em três anos que se importou com o sofrimento desse animal”, finalizou Luceli Mergulhão, do GVAM.
Fonte: Primeira Edição