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Cão morre por asfixia em um navio para a Sardenha, na Itália

15 de agosto de 2013
2 min. de leitura
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Por Francesco Balzani (tradução Samira Menezes – da Redação-Itália)

Olbia (Itália) – “O assassinaram”. Para a senhora Maria Rosanna, 72 anos, Rocky, um pastor alemão de 11 meses, era como um membro da família. Um daqueles animais sortudos que não são abandonados na rua quando seus tutores querem passar as férias sem problemas. Por querer o cão como um filho, Maria decidiu levá-lo junto consigo para suas férias na Sardenha (Itália), qualquer que fosse o custo. Segundo o site leggo, ela pediu para a companhia naval Tirrenia reservar um quarto no navio em que ela embarcaria a meia-noite, em Civitavecchia, e que chegaria às 8h da manhã em Olbia. “Os animais só podem ser transportados na suíte e no momento não tem mais nenhuma disponível”, respondeu o capitão do navio.

A única solução foi reservar um lugar na zona (se é que se pode chamar assim) reservada aos cães. Preço? Quase 400 Euros, distribuídos em 270 pela aquisição da gaiola e outros 100 pela custódia do animal. A esse preço, em alguns hotéis, trazem até champagne no quarto. Ao pequeno Rocky não levaram nem água. Aliás, alguém, visto que a zona reservada aos animais estava lotada ou talvez por distração, pensou em deixar a caixinha com Rocky na garagem do navio, ao lado dos motores.

Sozinho e com medo, Rocky morreu asfixiado pelo calor infernal e pela fumaça do navio. Um calvário horroroso, um fim horrível que Maria só pôde constatar ao chegar na Sardenha, quando os três membros da tripulação levaram a gaiola com o cadáver de Rocky, tentando inclusice de dar a culpa à Maria por falta de cuidado ao cão.

A senhora por pouco não desmaiou, enquanto o marido se sentiu mal entre o ultraje dos outros passageiros. “As condições em que os pobres animais são obrigados a viajar são péssimas e uma hora ou outra se espera uma tragédia como essa”, disse um rapaz acompanhado do seu gato, obrigado a viajar em uma gaiola durante toda a viagem. “O assassinaram, era um cão muito bom. Era como um filho pra mim”, disse em lágrimas Maria Rosanna, que denunciará o fato às autoridades competentes.

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