Mais uma vez os animais mostram sua fidelidade e o grande amor que sentem por seus tutores. Isto provou o cãozinho Theo, um springer spaniel, farejador de explosivos que morreu de um ataque cardíaco ao ver seu tutor, o cabo Liam Tasker, do Exercito Britânico, ser morto num ataque das forças do Taleban no Afeganistão.
Theo fazia parte do exercito britânico e em apenas cinco meses se tornara no melhor farejador tendo 14 vezes descoberto bombas e armas escondidas. Este fato já era um recorde elogiado pelo Exercito.
O cãozinho de 22 meses trabalhava sob a responsabilidade do cabo Liam Tasker, natural de Kirkcaldy, proximidades de Edimburgo. Formavam uma dupla perfeita e o animal tinha grande amor por seu companheiro. Liam foi morto quando patrulhava uma área de conflito na província de Helmand. Theo, vendo seu tutor morto, não suportou, e teve um ataque cardíaco morrendo pouco depois.
Desde 2001, inicio da guerra no Afeganistão, seis cães foram mortos. Não do coração como aconteceu com Theo. Normalmente os cães que morrem servindo ao exercito não são repatriados. Mas, neste caso o Ministério da Defesa afirmou que o cãozinho Theo será repatriado juntamente com o corpo de seu tutor.
Na verdade, Theo, com seu extraordinário faro e atividade incansável, salvou muitas vidas, pois se explosivos e armas não fossem por ele descobertos, com certeza causariam muitas baixas humanas. Assim, Theo é um herói. Comovidas com a bela história muitas pessoas estão assinando uma lista indicando Theo para a Medalha Dickin, a maior honra que um animal militar pode receber.
Só agora depois de inúmeros casos de grande amor dos animais por seus tutores é que os cientistas começam a estudar mais especificamente o tema. Estudos foram originalmente realizados em bebês sendo estes separados por um curto tempo da mãe. Agora se experimenta o mesmo em cães. Aliás, nem precisava, pois todo mundo sabe que quando cães são separados de seus donos ficam uivando e choramingando tentando segui-los.
Vários outros animais demonstram sentimentos semelhantes. Os elefantes, por exemplo, tem um grande sentido de dor e sofrimento com a perda de algum membro da família. Quando um deles morre todo o rebanho se reúne em volta para tocar suavemente seu corpo.
São inúmeras as histórias em que cães se arriscam por seus tutores e por outros cães. Há histórias, de cães que esperam pelo retorno de seus tutores por muitos anos ou até a morte. Mas, pelo visto, enquanto tudo isso não passar pelo tal crivo dos cientistas, ninguém vai acreditar que os animais têm sentimentos e muitas vezes até muito mais que os humanos.
Claro que para a poderosa indústria dos alimentos e derivados de animais não interessa nem um pouco que a ciência prove que os animais tem sentimentos como amor, carinho, saudades, e enfim, os mesmos presentes nos humanos, ou talvez até alguns outros que desconhecemos. Isto criaria um entendimento de igualdade entre os humanos e os animais o que não interessa nem um pouco para quem vive da exploração e morte dos animais.
Fonte: Jornal de Defesa dos Animais