Um cachorro da raça lhasa apso morreu após ser esquecido dentro do carro de uma pet shop, quando ia tomar banho, nesse sábado (27). O caso aconteceu na cidade de Sorriso, no norte do Mato Grosso, e chocou tutores e ativistas.
O cãozinho Paçoca se preparava para começar mais um final de semana em família, e como todo sábado, ele saiu de casa por volta 9 horas da manhã para ir tomar seu banho semanal em uma pet shop da vizinhança.
Com previsão de retorno às 11 horas, já era quase meio dia quando Maikelly Grando, guardiã do Paçoca, ligou no local para saber onde estava o cachorro. Foi nesse momento que o proprietário da loja percebeu que havia deixado o animal dentro do carro.
Mesmo agindo com rapidez, o animal que passou quase 3 horas trancado no veículo, embaixo de fortes temperaturas e sem ventilação, não resistiu e veio a óbito. “Eu fiquei tão mal que o meu marido teve que me socorrer. O nosso cachorro saiu saudável para ir a pet shop e agora não vai voltar nunca mais”, lamenta a tutora do cão.
Em entrevista para o portal G1, Maikelly conta que o Paçoca frequentava o estabelecimento há seis anos, mas que houve uma mudança na direção do local recentemente. “A loja era de uma moça de extrema confiança e credibilidade. Nunca tive nada a reclamar. Mas nesse sábado, quando vieram buscar o Paçoca de manhã, eu pedi pra trazê-lo por volta das 11 horas, daí quando deu meio-dia e ele não chegou, pedi para o meu esposo ligar lá, mas ninguém atendia”, relata.
A tutora do cãozinho fez um desabafo emocionado em uma carta aberta no Instagram sobre a perda do Paçoca. “Se eu pudesse imaginar que isso se tornaria o meu maior pesadelo eu não teria mandado ele. Meu Paçoca, de tão bonzinho que era foi esquecido dentro do carro do pet shop e não resistiu, nós deixando com um buraco enorme no peito. Você veio para nos dar amor e felicidade. Te amo pra sempre nosso grudinho”, escreveu a mulher.
O cachorro tinha seis anos e era filhote de uma cachorra resgatada grávida das ruas por um casal de amigos de Maikelly. A cadela ficou com a avó da moça e os filhotinhos foram doados, só ficou Paçoca. “Ele nunca nos deu trabalho. Passou por todas as mudanças conosco e então fomos para nossa casa própria. Chegando lá, não tínhamos muro, muito menos dinheiro para comprar uma casinha, cuidamos de você no improviso”, lembra a guardiã.
O dono da pet shop disse para os responsáveis do animal que sente muito o ocorrido. Em entrevista para o JK Notícias, Maikelly disse que o proprietário do estabelecimento cremou o animal e não ofereceu a oportunidade dos tutores se despedirem do cão.