Aos sete anos de idade, o pit bull Thor morreu devido a um infarto após soltarem fogos de artifício em frente ao portão de sua casa, na Rua 11, no bairro Jd. Lauro Bueno, em Indaiatuba (SP). Segundo a tutora, Rafaela Morais, o incidente aconteceu por volta das 16h30 do dia 23 de dezembro. “Ele era um cachorro super dócil, super amável. O Thor nunca rosnou para ninguém, nunca mordeu ninguém. Ele era super saudável”.
Quem encontrou o cachorro foi a filha mais velha de Rafaela, que estava em casa quando soltaram os fogos. “Minha filha me ligou desesperada, dizendo que tinham soltado duas bombas na frente da minha casa. O Thor ergueu a orelha, ficou parado, estático, e caiu no chão. Minha filha foi olhar, ele já estava sem batimento”.
No momento de desespero, a tutora gravou o corpo de seu cachorro como forma de protesto ao ocorrido. No vídeo, ela afirma aos prantos que mataram Thor. Rafaela conta ainda que seus vizinhos foram acudi-la e informaram que crianças estavam soltando os fogos durante todo o dia, desde o dia 22.
“Eu tentei reanimá-lo, mas ele já estava sem vida, era só o corpo do meu cachorro que estava ali. Eu fiquei me perguntando ‘Por quê? Por que fizeram isso ele?’ Meu cachorro era saudável, nunca fez mal a ninguém, muito pelo contrário. Essas crianças já jogaram pedra no meu portão, já mexeram com o Thor com um pedaço de pau e ele nunca mordeu, nunca atacou”, contou Rafaela, aos prantos.
A auxiliar veterinária é protetora na ONG “Focinho Amigo” de Indaiatuba. Além de Thor, Rafaela também cuida de mais dois cachorros da ONG, Madonna e Mili, que conviviam com o pit bull na garagem da casa da mulher. A tutora ajudava no local quando ocorreu a fatalidade. Ela afirma ainda que procurará justiça já que em Indaiatuba a soltura de fogos de artifício acima de 65 decibéis – som equivalente a um choro de bebê – é crime, segundo a Lei nº 6.6992 de abril de 2017.
“O Thor foi tirado de mim da maneira mais cruel possível, a única coisa que eu quero é justiça. Eu estou indignada porque foi um adolescente. Por que essa bomba está na mão de um adolescente? Onde está a mãe dessa criança? Quem está vendendo esse tipo de coisa para um adolescente? Qual estabelecimento está vendendo isso? Eu só quero que a lei seja cumprida, somente isso”.
Fonte: Sampi Campinas
