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DEIXADO PARA TRÁS

Cão explorado para farejar bombas para o exército russo é sequestrado por soldados ucranianos

5 de maio de 2022
Bruna Araújo | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Regiment of the National Guard of Ukraine

O pastor belga Max, explorado pelo exército russo para farejar bombas na Ucrânia, foi abandonado à própria sorte em meio aos escombros de uma base militar na vila de Mykolayiv. Um homem que vive na região encontrou o cão e o acolheu, mas logo percebeu que ele usava uma coleira de identificação russa e optou por entregá-lo ao exército ucraniano, que garante que não fará nenhum mal ao animal.

No entanto, no lugar de entregar o animal a uma família que o adote e o trate com respeito, os soldados ucranianos pretendem continuar explorando Max para farejar artefatos e forças inimigas. Cedendo à vaidade e ao egoísmo, o exército da Ucrânia acha engraçado e irônico abusar do animal para provocar as forças russas. Max será novamente escravizado.

Foto: Regiment of the National Guard of Ukraine

Mais uma vítima da guerra

O cãozinho de apenas dois anos Patron está sendo obrigado pelas tropas ucranianas a farejar e identificar explosivos russos. Até o momento, o animal encontrou 90 bombas em operações extremamente perigosas que poderiam ter custado a vida do cãozinho. Patron, que na lingua local significa “municação”, faz parte da uma equipe antibomba do exército ucraniano em Chernihiv.

O exército ucraniano romantiza o abuso animal e o classifica como “herói”. “Notícias do Patron! Nosso cão militante, o mascote dos pirotécnicos de Chernihiv, continua a servir! Desde o início da guerra, ele e nossos integrantes removeram quase 90 dispositivos explosivos. Obrigado, amigo, por seu trabalho incansável!”, disse o Serviço de Emergência do Estado (SES) em uma postagem nas redes sociais.

Há uma incoerência e um desserviço nessa publicação, pois além do cãozinho, inocentemente ser induzido a realizar a prática e não ter o poder de concordar ou não, não enviamos para a morte aqueles que consideramos, verdadeiramente, nossos amigos, como estão fazendo com Patron, que não só pode ser alvo de explosivos, como também de maus-tratos pelos russos.

Existe o inconsciente coletivo de que esses animais também têm o status de militares, mas ignoram que eles nunca tiveram a opção de ter uma vida normal e segura junto à sua mãe e aos seus irmãos. Durante o treinamento, esses cães são obrigados a realizar tarefas antinaturais exaustivas e são expostos a divertas situações arriscadas.

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