(da Redação)
Um cão ainda muito jovem, com aproximadamente dois anos de idade, foi espancado, teve o ânus dilacerado por um pedaço de madeira e enforcado de uma maneira que seus dedos encostassem no chão para morrer lentamente sufocado pelo peso do corpo, conforme atestou o laudo da necrópsia. A crueldade do ato é estarrecedora.“Foi uma cena de barbárie. Uma pessoa que faz isso pode fazer qualquer coisa”, diz a dona do abrigo, Eliane Zanetti.
O pobre cachorro foi encontrado amarrado em uma árvore, a cerca de 50 metros da entrada de um abrigo de animais, por uma voluntária.
“Moro aqui e cuidamos de 326 cães de rua e 150 gatos, não temos vizinhos em lado algum, ficamos isolados, não atrapalhamos ninguém, fazer isso na nossa porta foi a pior crueldade do mundo. Imagine ele ouvindo os latidos dos pequenos e tentando se debater para continuar vivendo”, conta abalado Augusto que fundou há 3 anos o abrigo.
“Teríamos ficado com ele como ficamos com tantos, mas ninguém pediu isso, foi só sadismo mesmo. Estamos de luto, o coração está sangrando e não sabemos o que fazer além de chorar e pensar seriamente em fechar o abrigo porque a loucura humana não tem limite e, se um dia eles resolverem entrar aqui, nós vamos defendê-los até o fim”, completa indignado.
Esse não foi o primeiro caso de violência na instituição. Há um ano, 14 cachorros foram encontrados mortos, envenenados. Há seis meses, um esqueleto de um cão amanheceu jogado no terreno.
O caso foi registrado na delegacia do Jardim Ingá.