Um cachorro foi socorrido com cortes profundos na cabeça e outros ferimentos após ser vítima de maus-tratos em Luís Antônio (SP) na segunda-feira (20). Segundo testemunhas, o animal foi agredido no bairro Jatahy antes de voltar para a casa da tutora.
O cão sem raça definida de oito anos, que atende pelo nome de Negão, foi atendido por uma equipe veterinária, que ainda aguarda exames para saber a gravidade dos ferimentos no crânio.
Investigado e indiciado pelo crime, o ajudante de serviços Edielson dos Santos Silva, de 37 anos, é suspeito de ter agredido o animal por ele ter invadido o quintal da casa dele. Silva chegou a ser preso em flagrante pela Polícia Civil, mas obteve o direito de responder em liberdade após audiência de custódia nessa terça-feira (21) por ser réu primário e trabalhar na mesma empresa há 20 anos.
Advogado de defesa do suspeito, Carlos Eduardo Dias da Cruz disse que Silva nega as agressões.
Agressões graves
O caso chegou às autoridades por meio de pessoas que atuam pela causa animal da cidade.
De acordo com informações registradas em boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada a ir até a Rua Belo Horizonte, no Jardim Jatahy, por volta das 17h, e foi informada por testemunhas que o cachorro voltou para a tutora repleto de ferimentos graves, principalmente na cabeça, depois de passar a manhã sendo agredido e aos gritos em uma casa da vizinhança.
Segundo o registro policial, um laudo do veterinário Alexander Sanches, que socorreu o cão, apontou que ele sofreu algum tipo de pancada, estava com várias perfurações na cabeça e outras lesões, como no olho esquerdo e no tórax, além de um hematoma na cabeça, “correndo risco de morte ou risco de ter uma sequela.”
Segundo Sanches, o cachorro, que já voltou aos cuidados da tutora, melhorou após os primeiros atendimentos, mas ainda requer atenção.
“Não estava nem levantando, com o olho bem inchado, cabeça bem inchada e agora com os medicamentos graças a Deus já melhorou bastante. A única preocupação é um corte profundo na cabeça que a gente está esperando o laudo do raio-X pra ver, parece que pegou o crânio”, afirma.
De acordo com o boletim de ocorrência, a PM identificou Silva como sendo o suspeito pelas agressões. Testemunhas disseram que ele confirmou as agressões e que ele agiu porque o animal havia invadido o quintal da casa dele.
Responsável pelas investigações, o delegado Jorge Miguel Koury acredita que, pela gravidade das agressões, o responsável por elas bateu a cabeça do animal repetidas vezes no chão. Ele pretende concluir os inquérito do caso nos próximos dias.
“O próprio agressor, de forma descabida, projetou o animal contra o chão várias vezes, chegando a machucá-lo na cabeça, em um dos olhos. Então foi um caso grave. Parece que a pessoa não mediu as consequências”, afirma.
Fonte: G1