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Cão doente é condenado a uma vida miserável em laboratório

15 de outubro de 2017
3 min. de leitura
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Cão Buckley
Foto: Reprodução, PETA

Conforme crescia, o cão sofria de tosse e letargia constantes e tinha dificuldade para mastigar e engolir. Ele ficava exausto com facilidade e sofreu um colapso.

Quando tinha em torno de seis meses, ele foi diagnosticado com distrofia muscular canina (MD), uma doença progressiva e dolorosa que causa a deterioração muscular. Era o momento de deixá-lo o mais confortável possível, mas não foi isso o que aconteceu.

Ao invés disso, o explorador “doou-o” para experimentadores do University of Georgia’s Small Animal Veterinary Teaching Hospital, nos EUA. Isso marcou o início de quase cinco anos de uma vida de confinamento em gaiolas, solidão, dor crônica e testes terríveis.

Pouco depois de chegar à University of Georgia, Buckley foi entregue a pesquisadores da University of North Carolina, em Chapel Hill, que observaram sua magreza extrema e descobriram que ele sofria de sopro cardíaco. Ele também tinha uma espessa secreção nasal e congestionamento pulmonar.

Apesar de sua condição de deterioração – o cão pesava menos de 11 quilos – Buckley foi transferido em Junho de 2012 para a Texas A & M University (TAMU), onde foi submetido a experimentos dolorosos nas mãos de Joe Kornegay e Peter Nghiem.

Muitos cães abusados no laboratório da universidade são aprisionados em gaiolas estéreis, não conhecem o conforto de um cobertor e, frequentemente, ficam cobertos pela própria saliva e pelos restos que recebem como alimento porque estão muito debilitados para comer ou engolir adequadamente.

A vida de Buckley não melhorou nem um pouco na TAMU. Os registros revelam que ele tinha infecções respiratórias superiores e secreção nasal. Ele também lidava com úlceras que resultaram na cicatrização da córnea em ambos os olhos.

Como estava prestes a ser torturado em mais um experimento, sua vida breve e miserável teve um fim abrupto. Ele morreu como resultado de complicações da anestesia. Após seu falecimento, seu corpo foi dissecado e seus tecidos foram coletados para serem examinados.

Buckley nasceu com uma doença grave, mas seu sofrimento foi exacerbado por anos de exploração. Ao longo de sua vida e mesmo após sua morte, o cão foi tratado como uma propriedade em vez de um ser desesperadamente doente.

Os pesquisadores não estavam preocupados com o seu bem-estar ou com a cura da doença. O cão foi forçado a passar por procedimentos dolorosos e privado de qualquer coisa que se assemelhe a uma vida familiar normal, que é o mínimo que devemos a seres desafortunados como ele.

Em um artigo recente, Kornegay escreveu que os resultados dos experimentos de cães com MD “não podem prever com precisão as potenciais respostas imunes humanas às terapias genéticas [da distrofia muscular Duchenne]”. Em outras palavras: esses horrores não irão ajudar pacientes humanos que sofrem da doença.

Apesar da confissão, ele e outros experimentadores da TAMU pensam em criar mais cães como Buckley para ter a doença. Eles escreveram que estão “avaliando opções para perpetuar o modelo do Cavalier King Charles Spaniel”.

Esta é mais uma prova de que esses experimentadores desconsideram o sofrimento das suas vítimas. Estes testes precisam acabar definitivamente para impedir que mais cães sejam criados intencionalmente para ter a doença debilitante e condenados a uma vida de miséria como a de Buckley.

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