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Cão da raça boxer é morto a facadas na frente dos donos no RS

12 de junho de 2009
3 min. de leitura
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Um ato de crueldade contra um cão deixou revoltados os vizinhos de uma residência no Bairro Santo Inácio. O animal, da raça boxer, foi morto a facadas depois de entrar em briga com o cachorro do agressor. O caso ocorreu na Rua Carlos Maurício Werlang, no Bairro Santo Inácio, em Santa Cruz do Sul (RS).

Por volta das 16h10, o cão Bandido, que pertence ao industriário Ericson Schuster, 25 anos, estava em um pátio próximo quando iniciou uma troca de latidos e tentativas de mordida contra o dálmata de Gustavo Schünke, 31. Schünke, que mora ao lado da casa de Schuster, saiu da residência enfurecido e sacou uma adaga. Sem hesitar, desferiu cerca de sete golpes contra o boxer, que morreu em seguida.

Marcas no animal mostram a violência dos golpes
Marcas no animal mostram a violência dos golpes

O dono de Bandido pediu para que o agressor parasse e chegou a segurá-lo pelo braço, mas não conseguiu evitar as facadas. No ímpeto de matar o cachorro, Schünke ainda atingiu a mão direita de Schuster com a faca. Logo depois se trancou em casa. Ericson e a companheira Raquel Neumann Tressino ainda tentaram socorrer o animal ferido, coberto de ferimentos, mas não havia tempo suficiente para levá-lo ao veterinário.

A Brigada Militar foi chamada e encaminhou os envolvidos à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento, onde os próprios policiais ficaram chocados diante da atitude de Gustavo Schünke. Em depoimento, o agressor disse ter pensado que o cão fosse investir contra ele e também procurou defender seu dálmata.

Para os donos do boxer, no entanto, nada justifica a crueldade cometida. O cão de quatro anos, pelagem branca com caramelo e uma mancha preta no olho direito, era tratado como filho pelo casal de namorados. Eles até agora não entendem os motivos que levaram à brutalidade. Raquel e Ericson são inquilinos do pai de Gustavo e dizem que nunca tiveram qualquer desentendimento. “O cachorro nunca deu problema. Pra qualquer um que chegasse lá em casa ele pedia colo. Já passamos por quatro moradias diferentes e os vizinhos sempre o adoravam”, contou a moça, enquanto tentava conter as lágrimas.

Medo

Boxer tinha quatro anos e era tratado como um filho pelos proprietários
Boxer tinha quatro anos e era tratado como um filho pelos proprietários

Bandido era preso dentro da residência quando os proprietários saíam. No resto do tempo, ficava solto. “Os cachorros nunca iriam se matar. O dálmata era bem maior. É uma situação cruel. Fiquei em pânico, grudada no cão cheio de sangue”. Como mora lado a lado, o casal agora teme que o vizinho possa apresentar outras atitudes violentas. “Estamos assustados. Assim como furou a mão do meu noivo com a faca, poderia ter acertado outra parte do corpo. Tenho até medo de voltar para casa”, afirma Raquel.

Schünke é cuidador de idosos. Deve responder pelo crime de crueldade contra animais e ainda pode ser enquadrado por lesão corporal culposo, por ter acertado a mão de Ericson com a faca. O rapaz será submetido a exame de corpo de delito hoje. Ele e a companheira também pretendem processá-lo por danos morais, visto a forte ligação afetiva que tinham com Bandido.

Fonte:  Gazeta do Sul

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