A Polícia Civil de Jaraguá, no centro de Goiás, está investigando um vídeo em que um cachorro aparece sendo arrastado por um carro. O animal preso no engate do veículo chora de dor enquanto se debate em uma estrada de terra.
O delegado Glênio Costa, responsável pelas investigações, diz que o foi o tutor do animal que o prendeu no carro. “Ele se apresentou espontaneamente com seu advogado e, em juízo, disse que estava confraternizando em uma casa perto da sua, cerca de 200 metros de distância, quando resolveu ir embora sozinho e amarrou o cão ao engate”, explicou o delegado em entrevista para o G1.
De acordo com Glênio, o responsável pelo animal foi ouvido e liberado, porque não houve circunstância de flagrante no momento do depoimento. A defesa do homem não quis se manifestar.
O episódio aconteceu no domingo (21). No vídeo compartilhado nas redes sociais é possível ouvir o cãozinho chorando enquanto é arrastado. Em certo momento, ele consegue se livrar da coleira, mas é quase atropelado pelo veículo que vêm atrás, filmando a ação.
O delegado Costa disse que, apesar da judiação sofrida pelo cachorro, ele está bem, porém segue sob a tutela do seu agressor. Em depoimento, o responsável, que não teve o nome divulgado, disse para a Polícia Civil que não houve intenção de machucar, ou mesmo maltratar o animal, e justificou a ocorrência dizendo que o cão estava com mau cheiro e por isso o levou dessa maneira.
O cão teria ficado sumido por 20 dias e voltou “cheirando a carniça” e cheio de doenças, tentou explicar o tutor, que disse que o animal está realizando tratamento veterinário.
Independentemente dos esclarecimentos apresentados pelo responsável do cachorro, o delegado Glênio disse que as investigações continuam e que o caso pode ser configurado como crime de maus-tratos a animais. O delito tem punição de 2 a 5 anos de reclusão e o pagamento de multa, que pode chegar a R$40.000.