O rotweiller que foi arrastado pelo carro de seu tutor por pelo menos 1 km em Piracicaba, no interior de São Paulo, teve a pata amputada nesta segunda-feira (7). A cirurgia aconteceu por volta das 18h. O cão irá passar a noite internado. O estado de saúde dele é estável.
Segundo os veterinários, não há previsão de alta para o cachorro. O animal já havia passado por uma cirurgia para evitar a amputação. No entanto, segundo Armando Frasson, veterinário que acompanha o caso, o sangue não estava chegando corretamente à pata e, por isso, a cirurgia foi necessária.
A ONG Vira-Lata Vira-Vida mantém na internet uma página onde são divulgadas informações sobre o tratamento do cachorro, chamado de Lobo. Segundo Miriam Miranda, presidente da organização, o caso gerou uma repercussão muito grande e a ONG recebeu apoio de pessoas até mesmo de fora do país. “Foi um caso assombroso e nós recebemos solidariedade [de] pessoas querendo ajudar da Alemanha, Chile e Portugal”, disse.
Ainda não está definido o destino do animal após a saída do hospital. Diversos pedidos de adoção já foram feitos. No entanto, por conta do processo criminal, somente a justiça deverá decidir para onde Lobo será encaminhado.
Tutor
O tutor de Lobo foi localizado pela Polícia Civil na tarde de quinta-feira (3). O mecânico Claudio César Messias, que conduzia a caminhonete, disse que foi um acidente. Em depoimento à polícia, Messias afirmou que passeava com o cão, que pulou da carroceria da picape sem que ele notasse. “Só percebi que o estava arrastando quando um motoqueiro me parou e avisou. Fui embora porque achei que ele tivesse morrido, me deu um branco, um desespero e saí”, afirmou.
O delegado Wilson Sabino informou que será feita perícia na caminhonete e na corda que prendia o cachorro. Em seguida, as testemunhas serão ouvidas. “Vamos ver se há divergência entre o que ele disse e o relato das testemunhas. A princípio, o que eu penso é que é preciso ter cautela com os animais domésticos. Se ele queria passear com o cão na caminhonete, deveria se cercar de cuidados maiores”, disse o delegado.
O mecânico vai responder por abuso a animais, crime previsto no artigo 32 da Lei de Defesa ao Meio Ambiente. Ele aguarda o correr das investigações em liberdade, já que não houve uma situação de flagrante. Caso seja condenado, a pena pode chegar a um ano de prisão, além de multa.
Fonte: G1