Há mais de uma década, na pacata Longville, em Minessota (EUA), alguém tocou a campanhia de um homem chamado Larry LaVallee com um filhote de cachorro no colo. O estranho pensou que o animal fosse dos proprietários da casa e estivesse na rua, perdido.
Bruno, na verdade, não tinha tutor. Mas ele era tão simpático que Larry agradeceu a atenção do transeunte e ficou com o filhote para ele. Pouco tempo depois percebeu que o pequeno gostava, mesmo, era da rua. Preso, tentava se desvencilhar da coleira. Solto, ia longe. Muito longe.
O cachorro passou a caminhar os seis quilômetros e meio que separam sua casa periférica do centro da cidade todos os dias. Sua visita já é esperada, e seu caminho é conhecido. Ele passa pela prefeitura, por uma ou duas imobiliárias, por uma sorveteria, uma biblioteca e um pequeno mercado. Em todos os lugares, os moradores esperam o cão, agora idoso, com pedaços de alimentos.
“Ele é nosso amigão, nós ficamos de olho nele o máximo possível”, disse ao Kare 11 Minneapolis Patrick Moran, responsável por uma imobiliária que está sempre no itinerário do cachorro. “Semana passada ele passou aqui e ficou quase duas horas.”
Na falta do Bruno em carne e osso, os visitantes podem dar uma passada na estátua de madeira inaugurada pelo prefeito em sua homenagem. Nela, há uma placa que o declara embaixador oficial da cidade.
É muito difícil, porém, não encontrar Bruno em um passeio rotineiro. Os tutores afirmaram ao jornal americano que já perderam as contas de quantas ligações já receberam de estranhos preocupados com um certo cachorro que estaria perdido nas ruas.
Bruno, agora, é velhinho, e anda com dificuldade. Em alguns dias, não sai de casa para sua visita. “Ele já é idoso, então sabemos que não ficará muito tempo entre nós”, afirmou Debbie LaVallee, sua tut, aorao Kare 11. “Mas seu legado está firmemente plantado em Longville.” O amor canino é mesmo inexplicável.
Fonte: Natureza Bela Vida