Algumas vezes os cachorros olham para nós com um olhar meigo mas que também é intrigante. Será que estão tentando adivinhar o que sentimos? Alguns estudos já comprovam que eles realmente querem saber tudo a nosso respeito.
No programa da BBC, segundo os cientistas, os seres humanos costumam olhar naturalmente para o lado esquerdo do rosto das pessoas. É no lado esquerdo que demonstramos nossas emoções. Só que os cachorros também já captaram isso. E assim nos observando conseguem saber direitinho quando estamos alegres ou tristes.
Quem resiste a um cachorro quando ele tenta nos animar? Este afeto irresistível transformou a vida de muita gente.
O oficial da Marinha Allen Parton sofreu uma grave lesão na cabeça quando serviu na Guerra do Golfo. Sem andar e nem falar, ele também perdeu na guerra metade das lembranças de vida. Allen não reconhecia os dois filhos e nem a mulher com que se casou.
Não sentia mais qualquer emoção e quase desistiu de viver. Até que um dia conheceu um labrador, o Endal. Que encontro abençoado. De repente, o labrador desconhecido “adotou” o futuro tutor. Tentou agradá-lo de todo jeito, colocando no colo dele tudo o que encontrava. E foi assim que Allen recuperou a alegria perdida.
Endal passou a ser seu companheiro dia e noite, além de ajudá-lo em todas as tarefas. Mas a principal recuperação de Allen foi voltar a se lembrar do passado.
Allen se casou novamente com sua mulher e Endal foi o padrinho. Mas o fiel companheiro teve de mostrar sua verdadeira devoção quando, no meio da noite, ele e o tutor foram atingidos por um carro.
Allen caiu da cadeira de rodas e perdeu os sentidos. Endal, mesmo ferido, se levantou e ajudou o tutor a ficar em uma posição confortável.
E mais: pegou o celular, que tinha sido jogado longe pelo impacto da batida, e deixou o aparelho perto do rosto dele.
Mesmo ferido, Endal foi até um hotel próximo e pediu ajuda. Cão herói. Por tanta bravura e coragem, Endal ganhou a “cruz da vitória”.
Felizmente, os dois se recuperaram. O tempo passou até que o Endal ficou velhinho. E acabou morrendo no colo de Allen.
Depois de tanta alegria, o labrador fez o tutor voltar a sentir uma outra emoção, a tristeza.
Allen voltou a ser uma pessoa comum, e, agora, tem a companhia de outro labrador, o EJ. Mais um grande companheiro para todas as horas.
Muita gente para o Allen na rua querendo um cão tão fiel. Mas ele garante: para se ter um amigo assim, as pessoas precisam abrir mais seus corações e mentes.
Fonte: Globo Repórter