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Cão ajuda cadela resgatada de fábrica de filhotes a lidar com ansiedade

26 de março de 2017
4 min. de leitura
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Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais

Foto: A Rejoyceful Animal Rescue

Kingston e Lola só conseguiram passar quatro semanas juntos, mas fizeram cada segundo valer a pena.

“Eles brincam, eles se abraçam, são uma boa equipe”, disse Susan Robelli, a tutora adotiva dos cachorros e voluntária no A Rejoyceful Animal Rescue.

Os dois cães entraram na vida um do outro no momento certo e, talvez, pelo período de tempo adequado.
Kingston e Lola tiveram começos infelizes na vida. Kingston, um filhote de dálmata de quatro anos, havia sido amarrado a uma pesada corrente antes de ser resgatado.

“[O Rejoyceful Animal Rescue] vai para a cidade de Flint, bate nas portas de pessoas que têm um cachorro acorrentado no quintal e oferece assistência. [A organização] educa-as para que o cão seja levado para a casa e seja cuidado fisicamente e com medicamentos”, explica Robelli.

Foto: A Rejoyceful Animal Rescue

Porém, o grupo não encontrou Kingston em um quintal: eles o encontraram na rua. “[Os protetores] estavam fazendo seu trabalho e viram Kingston correndo pela estrada com uma corrente com um cadeado em volta do pescoço e presa a um pneu. Eles o levaram diretamente para o veterinário, ele tinha cortes no pescoço e no rosto”, disse Robelli.

Inicialmente, Kingston ficou em um lar temporário com outro voluntário do grupo de resgate. Enquanto isso, Robelli abrigou Lola, que foi resgatada de um homem que a comprou de uma fábrica de filhotes. Infelizmente, ele manteve Lola dentro de uma gaiola durante a maior parte de sua vida, segundo matéria do The Dodo.

“Ela tinha oito semanas quando a pegou e ele nunca poderia ter tempo suficiente para cuidar dela e treiná-la, então a manteve em uma gaiola 24 horas por dia.Ela estava defecando ali, comendo ali – tudo. Tinha ferimentos nas pernas porque a gaiola era muito pequena e não socializava”, relatou Robelli.

Como ficou nessa situação por muito tempo, Lola costumava ser uma cadela muito ansiosa. “Você não conseguia acalmá-la”, disse Robelli.

Foto: A Rejoyceful Animal Rescue

Robelli mal sabia que Kingston acabaria ajudando Lola a lidar com seus problemas de hiperatividade.

Os dois se conheceram em uma estação de rádio local no Dia dos Namorados. Um homem estava propondo a sua namorada no ar e pediu a presença de quatro cães que moravam em abrigos para ajudá-lo a formar a pergunta, “Você vai casar comigo?” Kingston e Lola foram escolhidos para a ocasião.

“Eles se conheceram e Kingston se apaixonou por ela e começou a beijá-la. Lola é apenas uma garota louca, então foi bastante impressionante para todos ver que ele podia fazer isso”, revelou.

Assim, depois que algum tempo passou, Robelli se ofereceu para levar Kingston, também.

Foto: A Rejoyceful Animal Rescue

Os cães se reconheceram imediatamente, segundo ela. “Kingston foi até Lola e a beijou. Lola instantaneamente queria brincar, mas estávamos com os quartos fechados, então eles se cheiraram e saíram”, declarou.

Logo os dois cães se tornaram inseparáveis – brincavam, dormiam e comiam juntos. Porém, o relacionamento deles era mais do que apenas fazer companhia um ao outro, eles se ajudavam a lidar com seus problemas.

“Kingston era um cão abandonado, não sabia como se comportar em uma casa. Então, surge Lola, que não tem medo de nada, e meio que o guia e torna-se confiante por causa dela”, contou Robelli.

E enquanto Lola ajudava Kingston, ele fazia o mesmo por ela. “Ele lhe ensina a manter a calma e não ficar tão magoada quando ela fica nervosa. Foi um ajuste muito bom para eles. Ambos tiveram passados que não foram muito bons. Mas ter outro cão ali os ajudou com isso, é como se eles dissessem: ‘Se você conseguir, eu também posso’, acrescentou Robelli, que, inicialmente, esperava que a dupla fosse adotada junta, mas ela encontrou a família perfeita para Kingston.

Foto: A Rejoyceful Animal Rescue

“A primeira coisa que ele fez foi entrar naquela porta, pular no sofá e sentar ao lado das crianças. Ele estava tipo, ‘Sim, é aqui que eu quero estar”. Se você conhece Kingston, ele não é assim, geralmente é muito tímido para entrar em uma casa”, disse.

“Eles têm outro cão e um grande quintal. Há uma criança com a qual ele realmente se conectou e não consegui ignorar isso, eles são perfeitos”, completou.

Agora Lola precisa encontrar um lar definitivo, mas Robelli não acha que ela terá problemas para isso, já que está mais calma, graças ao tempo que passou com Kingston.

“Estive com cães toda a minha vida e eu nunca tive uma cachorra tão inteligente e ansiosa para aprender. Ela percebe tudo e é engraçada”, conclui.

Robelli acha que Lola se ajustará a alguém com um estilo de vida ativo e talvez a uma família que já cuide de um cão.

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