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DESAMOR

Cantora Lily Allen adotou cadelinha durante a pandemia de Covid-19 e a devolveu para abrigo

25 de agosto de 2024
3 min. de leitura
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Foto: Reprodução/Instagram

A recente revelação da cantora inglesa Lily Allen sobre ter adotado e, posteriormente, devolvido uma cadela durante a pandemia de Covid-19 gerou indignação, expondo uma triste realidade: a falta de compreensão sobre os profundos danos emocionais que os animais sofrem ao serem devolvidos para abrigos. Lily, de 39 anos, justificou sua decisão afirmando que a cachorra, Mary Harbour, teria destruído os passaportes de sua família, incluindo os de suas duas filhas, o que, segundo ela, gerou complicações logísticas e a impediu de visitar o pai das meninas na Inglaterra por alguns meses.

Essa justificativa, no entanto, ignora o sofrimento causado à cadela ao ser rejeitada e devolvida após ter sido retirada de um abrigo, um local que deveria ter sido seu refúgio definitivo. A adoção de um animal não é um compromisso temporário; envolve responsabilidade, paciência e a compreensão de que, assim como os humanos, os animais têm emoções, medos e inseguranças.

As críticas vieram de várias partes, incluindo de organizações de direitos animais como a PETA, que reagiu fortemente à fala de Allen. A organização ressaltou que, se a cantora não está disposta a assumir os cuidados que um cão exige, deveria se contentar com um cão de brinquedo. A PETA, em uma declaração pública, anunciou o envio de um cachorro mecânico à cantora, uma alternativa que, segundo a organização, não exige os cuidados constantes e a dedicação que um animal real necessita.

Nas redes sociais, internautas também expressaram sua revolta, destacando o uso superficial que Lily fez da cadela nas redes sociais, onde chegou a criar uma conta específica para compartilhar fotos de Mary Harbour. Um dos comentários mais contundentes afirmou que “Lily Allen é tudo o que há de errado com o mundo, pegou um cachorrinho, usou-o para curtidas no Instagram e depois o mandou de volta porque ele mastigou os passaportes da família.”

É fundamental lembrar que animais adotados não são brinquedos descartáveis. Devolvê-los a abrigos, especialmente após eles terem começado a se adaptar a um novo lar, provoca estresse, ansiedade e um sentimento de abandono profundo, que pode deixar marcas emocionais permanentes. Lily Allen, ao devolver a cadela por uma falha comportamental compreensível em um filhote, reforçou a ideia errada de que animais de estimação são facilmente substituíveis, desconsiderando totalmente o impacto devastador que essa decisão tem na vida do animal.

Adotar um animal é um compromisso para a vida toda, e é preciso lembrar que eles também são seres sensíveis, capazes de amar e sofrer. Decisões como a de Lily Allen devem servir de alerta para que mais pessoas entendam a seriedade desse compromisso e a importância de cuidar com responsabilidade daqueles que dependem de nós.

Fonte: O Globo

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