Além de representar uma experiência benéfica para os cães e prazerosa para quem decide cuidá-los, a doação é o único instrumento previsto pela Lei Estadual 12.916 para regular o volume de animais abrigados no Canil. A legislação, de 2008, regula o controle da reprodução de cães e gatos, proibindo, por exemplo, o sacrifício dos animais e o seu abandono nas ruas. Por essa razão, a direção do Canil quer criar uma verdadeira campanha de incentivo à doação.
De acordo com a diretora da Vigilância em Saúde, Miriam Miletti, responsável pelo Canil, qualquer cidadão pode adotar um cão ou um gato, sem nenhum custo. Para isso basta se dirigir à unidade e escolher o animal que deseja, de qualquer porte, idade ou raça.
“Nesse primeiro mês de atividades nós doamos vários filhotes e muitos cães adultos, como o Apolo, de quatro anos, e até o Boris, de oito”. Todos os animais do abrigo são tratados adequadamente e esterilizados, antes de serem colocados para adoção.
A secretária de Saúde, Dagmar Barbosa Corato, enfatiza que o Canil Municipal não foi aberto para ser um depósito de bichos. Ao contrário, por lei, os agentes do setor de Zoonoses da Secretaria da Saúde somente estão autorizados a recolher animais que estejam doentes ou ofereçam algum tipo de risco à população.
“Foi-se o tempo em que os cães abandonados ou soltos nas ruas eram capturados e sacrificados. Hoje, existem leis e normas claras sobre como deve ser o cuidado com os animais, tanto da parte do poder público como da população”.
Novo lar
O menino Gabriel, de menos de um ano de idade, é o mais recente cidadão arujaense a adotar um cão do Canil Municipal. Na verdade, os pais deles estiveram na unidade no último dia 22, para escolher o novo companheiro do bebê. Escolheram um filhote preto, de apenas 30 dias, que nasceu no próprio Canil, no dia da inauguração.
Pai de Gabriel, o instrumentista cirúrgico Argemiro Dias disse que relutava em ter um animal em casa, mas foi convencido por um médico que disse que a companhia seria benéfica para o filho: “Nosso menino é muito ativo e o médico achou que o bichinho faria bem pra ele”. Argemiro disse que soube da adoção quando passou pelo Canil: “O processo foi rápido e simples e agora a família tem mais um integrante”.
Tutela responsável
Assim como a família de Argemiro, todos os candidatos a adoção de animais recebem informações sobre a campanha da tutela responsável, que trata de todos os cuidados que o tutor deve ter com seu animal. Entre eles, a necessidade de espaço, alimentação adequada, acompanhamento do médico veterinário e aplicação de vacinas, além de dedicação de tempo e atenção.
Fonte: Jornal da Cidade