O recente episódio envolvendo a captura de uma fêmea canguru em Durham, Ontário, Canadá, levantou questionamentos sobre os direitos animais e a necessidade de repensar a manutenção desses animais em cativeiro. A operação, que se estendeu por quatro dias, teve início quando o canguru, que estava sendo transferido para outro zoológico na província de Quebec, escapou de seus cuidadores na última quinta-feira, sendo resgatado somente na segunda-feira em Toronto.
O animal em questão é um dos dois cangurus nascidos e criados no Canadá, conforme informações da BBC. Durante uma parada para descanso em Oshawa, enquanto eram transportados para o zoológico em Quebec, a fêmea correu em busca de liberdade no momento do descarregamento, surpreendendo seus cuidadores.
Cameron Preyde, supervisor do Oshawa Zoo and Fun Farm, um dos participantes na busca, destacou a dificuldade em capturar cangurus, mencionando que são animais ágeis, rápidos e não facilmente atraídos por comida, o que torna ineficazes as armadilhas e iscas convencionais. Além disso, ressaltou que esses animais possuem habilidades de camuflagem que complicam a localização.
Durante a operação, realizada na madrugada de segunda-feira, policiais conseguiram localizar a fêmea durante uma patrulha por volta das 3h. Antes de iniciar o resgate, os agentes entraram em contato com os cuidadores do animal, que instruíram a captura pela cauda, conforme relatado pelo sargento Chris Boileau à CBC, citado pela Reuters.
É importante questionar a ética por trás da manutenção de cangurus e outros animais selvagens em zoológicos, considerando o desejo natural desses animais pela liberdade e a inadequação de ambientes confinados. O incidente destaca a complexidade de lidar com animais selvagens fora de seu habitat e reforça a necessidade de explorar alternativas, como o envio desses animais para santuários, onde possam viver em condições mais condizentes com suas necessidades naturais.