O candidato presidencial Defensor Moura voltou hoje a criticar a criação da Seção de Tauromaquia no Conselho Nacional de Cultura, considerando-a como “uma iniciativa infeliz e inoportuna” por enquadrar os espetáculos tauromáquicos nas atividades tuteladas pelo Ministério da Cultura.
“Num país em que, nas últimas décadas, tanto se tem investido na proteção dos animais e na preservação da vida selvagem, é lamentável que se continue a torturar e sacrificar animais em espetáculos públicos, para deleite de alguns, contrariando a sensibilidade da maioria dos portugueses e da comunidade internacional”, afirmou em comunicado Defensor Moura.
O ex-presidente da Câmara de Viana do Castelo, que foi pioneiro no encerramento de uma praça de touros e a declarar a primeira cidade antitouradas no país, disse que vai continuar a “desencadear as iniciativas adequadas para que, em curto prazo, se proíba a transmissão de espetáculos tauromáquicos na televisão pública e a entrada de menores nos espetáculos públicos”.
À margem destas iniciativas legislativas, o candidato pretende ainda, em colaboração com diversas associações de defesa dos direitos dos animais, apresentar uma “proposta de proibição dos espetáculos tauromáquicos em todo o território nacional”, dando assim cumprimento ao constante da lei nº 92/95 sobre a Proteção dos Animais em que “proíbe todas as violências injustificadas contra animais”.
Fonte: Publico.pt