O mês de outubro é marcado pelas campanhas de prevenção ao câncer de mama. Mas você sabia que a doença não se limita aos humanos?
De acordo com o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), 45% das fêmeas caninas no Brasil sofrem com tumores nas mamas. Por isso, o cuidado com os animais é importante.
“É o câncer mais comum em cadelas. Representa 50% das neoplasias e tem alto grau de metástase, ou seja, quando migra para outros órgãos, principalmente o pulmão”, afirma o médico veterinário Leonilson Esperidião dos Santos, de Olímpia (SP).
Segundo o veterinário, o desequilíbrio hormonal durante o cio pode contribuir com o desenvolvimento do câncer no animal. Por isso, assim como em humanos, os exames são importantes.
Ele afirma que é possível identificar a doença a partir do aumento e vermelhidão das mamas, acompanhado de possíveis secreções e odores.
“A palpação de todas as mamas em busca de nódulos, ultrassom abdominal e raio-x do tórax para avaliar se tem metástase são importantes para a identificação da doença”, explica Leonilson.
“Já o tratamento mais comum ocorre a partir da retirada do nódulo. Conforme o grau de comprometimento, aconselhamos a retirada de toda a cadeia mamária dos dois lados, direito e esquerdo.”
Após a retirada, o nódulo é encaminhado para uma biópsia para analisar se o tumor é benigno ou maligno, além da necessidade de outros tratamentos, como a quimioterapia.
“A doença pode ter cura. O oncologista veterinário é o profissional perfeito para o tratamento através de um acompanhamento rigoroso”, diz.
Prevenção
Leonilson afirma que o método mais eficaz para evitar o câncer de mama em animais é a castração.
“É importante a castração, principalmente antes do primeiro cio, entre 5 e 7 meses de idade, pois a probabilidade de ter câncer reduz para 0,5% quando o animal fica adulto.”
Quando mais velhos, as consultas mensais o check-up também são formas de prevenção da doença.
Fonte: G1