Bonitinhos e engraçadinhos, os filhotes costumam ser a primeira opção na hora de adotar um animal. Mas por que não escolher um amável animal adulto ou idoso? Depois que os bichos crescem, muitas pessoas os abandonam, aumentando a população de abrigos como o Sozed (www.sozed.wordpress.com).
Para dar carinho e maior suporte no final da vida, a instituição está em campanha pela adoção de cachorros com mais idade. “Há pessoas que chegam ao cúmulo de levar seu bichinho até lá com o objetivo de trocá-lo por um ‘novo’ ”, diz Júlia Fernandes, voluntária na Sozed há cinco anos.
Se com o filhote gasta-se muito com o ciclo de vacinação, com o adulto, há risco de doenças da idade, como catarata, diabetes e tumores. Porém, os mais velhos já estão imunes a diferentes vírus, o que não vale para os cachorros jovens.
Outra vantagem de se adotar um idoso ou adulto é já saber o porte e o temperamento do animal, além de não passar pela complicada fase em que os filhotes mastigam e roem tudo que veem pela frente. Porém, eles podem ter traumas difíceis de tirar. “Boa parte desses animais sofreu muito e, ao receber um pouco de carinho, fica grata. Eles se adaptam rapidamente à rotina da casa”, diz o veterinário Frederico Pietsch, coordenador do projeto de adoção que a prefeitura planeja reeditar, o “Amizade não tem preço”, que incentiva a adoção de animais adultos, mutilados e de baixo perfil de adoção (considerados feios por uma maioria preconceituosa): “Ainda buscamos apoios, mas torcemos para que saia do papel”.
Fonte: Extra