EnglishEspañolPortuguês

CONSCIÊNCIA

Campanha mundial pede que elásticos de máscaras de proteção sejam cortados

28 de fevereiro de 2022
Thayanne Magalhães l Redação ANDA
2 min. de leitura
A-
A+
Elástico das máscaras podem ‘enroscar’ e ferir animais (Foto: Reprodução/redes sociais)

Tem circulado na internet uma série de flagrantes de animais se ferindo ou até morrendo ao se “enroscarem” no elástico das máscaras de proteção, item que se tornou indispensável desde o início da pandemia da Covid-19. O problema é que o material tem sido descartado de maneira irregular e causado danos ao meio ambiente.

Nesse período de feriado prolongado, a preocupação aumenta, já que infelizmente é comum encontrar pessoas descartando máscaras nas ruas e até em praias, deixando esse acessório ser “levado” pela água. Um problema que ameaça a sobrevivência de muitas espécies.

Diante disso, nas últimas semanas, uma campanha iniciada no Reino Unido tem ganhado força mundial: a “Elastic Cut”. A ação é um incentivo para que as pessoas cortem as alças das máscaras antes de descarta-las.

Atitude simples pode fazer diferença na vida dos animais (Foto: reprodução; arte: Thaís Pimenta/TG)

O biólogo Luciano Lima disse ao G1 que, apesar dos elásticos serem aparentemente inofensivos, eles podem enroscar no bico, nas asas ou nas patas dos animais, impedindo que eles busquem alternativas de alimentos. Se algum desses animais ingere o acessório, a situação é ainda mais grave, pois pode causar a asfixia e levar à morte.

“Além de cortar o elástico da máscara, o ideal é descartar de maneira correta, já que ela contém componentes sintéticos, que demoram muito tempo para se decompor e oferecem risco quase que constante aos animais, que podem se enroscar nas alças flexíveis por curiosidade ou até por acidente”, reforça o especialista.

Ainda segundo ele, existem mais formas de reduzir as chances de acidentes com animais. “Reutilizar a máscara lavando devidamente após cada uso é uma alternativa que, a longo prazo, funciona. Se todos fizerem a sua parte, a quantidade de material descartado pode ser reduzida. E, consequentemente, evita que animais se machuquem com tanta frequência, como vem acontecendo”, conta.

Caso de repercussão

Um caso que chamou a atenção de muitos especialistas, representava o início de muitos outros casos que estavam por vir. Em 2020, em Juquehy, no Litoral paulista (SP), um pinguim-de-magalhães foi encontrado morto pelo Instituto Argonauta para Conservação Costeira e Marinha.

Um laudo apontou que havia uma máscara facial embrulhada no intestino do animal. O resultado foi divulgado inclusive na revista científica Marine Pollution Bulletin, em março de 2021, gerando grande repercussão na época.

Fica então o apelo para que o uso e o descarte consciente das máscaras seja mais uma ação daqueles que se preocupam com a natureza.

Você viu?

Ir para o topo