Uma petição internacional na Change.org pede a libertação de uma tartaruga marinha que vive aprisionada em um tanque minúsculo, há mais de 20 anos, no aquário de Alushta, na Crimeia. Ela deveria nadar livremente mas permanece confinada, o que compromete seu bem-estar e limita o desenvolvimento natural de sua espécie. A tartaruga está visivelmente apática, quase num coma.
A iniciativa foi criada por Shara Browning e já reúne mais de 65 mil assinaturas, até o momento, de pessoas de diferentes países em apenas uma semana. Os organizadores da campanha responsabilizam tanto o Ministério da Ecologia e Recursos Naturais da Ucrânia quanto a administração do aquário, exigindo que a tartaruga seja transferida para um santuário ou centro de reabilitação. O objetivo é que ela tenha a chance de se recuperar em um ambiente adequado, onde possa desfrutar de condições compatíveis com sua natureza.
Nos comentários, apoiadores descrevem a situação como desumana e dolorosa, ressaltando a urgência de uma ação que coloque fim a mais de duas décadas de confinamento. O cativeiro prolongado em espaços inadequados gera sofrimento físico e psicológico. Tartarugas marinhas são animais sencientes, capazes de sentir dor, estresse e até mesmo solidão, e mantê-las em tanques reduzidos significa privá-las de estímulos fundamentais para sua saúde.
A campanha busca chamar atenção para o caso e também para um problema mais amplo que é a exploração de animais marinhos como atrações em aquários e parques, prática que, embora ainda comum em várias partes do mundo, vem sendo cada vez mais questionada. Organizações de proteção animal alertam que esses locais frequentemente submetem animais a condições artificiais que não atendem às suas necessidades biológicas e sociais.
A pressão internacional tem crescido nos últimos anos, resultando em avanços como a proibição de golfinhos e orcas em espetáculos em alguns países. Agora, os apoiadores esperam que a mobilização em torno da tartaruga de Alushta consiga sensibilizar as autoridades para garantir a ela um destino mais digno. Enquanto isso, a campanha continua reunindo assinaturas, com a esperança de que cada novo apoio fortaleça a possibilidade de uma mudança real.
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