Iniciativa da Superintendência de Biodiversidade da Secretaria do Ambiente, a campanha foi lançada em setembro de 2011 com o objetivo de estimular a conservação das espécies mais ameaçadas de extinção no território fluminense, devido a ações do homem, como desmatamentos e caça.
– As espécies escolhidas foram extraídas do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, uma publicação pioneira elaborada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e pela Fundação Biodiversitas, durante minha passagem pelo MMA. Tivemos que escolher dez para dar foco – disse Minc.
A lista da Secretaria do Ambiente inclui a ave-jacutinga, o formigueiro-do-litoral, o boto-cinza, o cágado-do-paraíba, o lagarto-branco-da-praia, o mico-leão-dourado, o muriqui, a preguiça-de-coleira, o surubim-do-paraíba e o tatu-canastra. A maioria das espécies é originária da Mata Atlântica, um bioma rico em biodiversidade que cobre mais de 20% do território fluminense.
Segundo Minc, a ideia é levar a campanha para todos os municípios do estado. – A escola é um instrumento mobilizador e disseminador de consciência. Por isso é tão importante a adesão das coordenadorias regionais de Educação – afirmou.
Presente ao encontro, o secretário de Educação, Wilson Risolia, ficou entusiasmado com a proposta da Secretaria do Ambiente de realizar nos colégios estaduais concursos de fotografias e de redações sobre os animais listados em extinção.
Assim que a campanha foi lançada, em setembro passado, a superintendente de Biodiversidade da Secretaria do Ambiente, Alba Simon, e Minc reuniram-se com os 92 secretários municipais de Meio Ambiente. Agora, foi a vez dos coordenadores regionais de Educação.
Segundo Alba, a campanha não está se limitando à distribuição de folders e cartazes ou à veiculação de spots publicitários: – A Secretaria do Ambiente também conta com o Programa de Incentivo à Criação e Implementação de Unidades de Conservação Municipais (PRO-UC), que oferece suporte técnico aos gestores municipais, auxiliando na escolha de terreno adequado, no processo de regularização fundiária e demarcação, entre outros procedimentos – disse.
Minc afirmou também que o Rio de Janeiro provou ser possível conciliar desenvolvimento com sustentabilidade: – Hoje, somos o estado que mais recebe investimentos privados. Ao mesmo tempo, de 2009 até 2011, foi registrada a duplicação das áreas protegidas municipais da Mata Atlântica, que passaram para 209 mil hectares, e o menor índice de desmatamento do país – afirmou.
Outra medida que vem sendo adotada pelo governo estadual é a concessão de licenças ambientais com a exigência, como contrapartida, de que o empreendedor faça investimentos na preservação da biodiversidade.
Minc citou como exemplo o licenciamento para o Porto do Açu, no Norte fluminense, em que o Governo do Estado exigiu do empreendedor a destinação de R$ 8 milhões na preservação do corredor florestal da região, onde vive o macaco muriqui.
Já o Fundo da Mata Atlântica, que apoia financeiramente a implantação de unidades de conservação municipais, destinou só em 2010 cerca de R$ 5 milhões para projetos de criação de UCs municipais.
Fonte: JB