A Secretaria de Saúde do Distrito Federal decidiu manter a campanha de vacinação contra a raiva que começa hoje (21) na área rural. A hipótese de cancelamento tinha sido levantada depois da suspensão da campanha em São Paulo devido aos casos de reações adversas em animais com baixo peso, principalmente em gatos.
Segundo o diretor de Vigilância Ambiental do DF, Rodrigo Menna, o que pesou na decisão foi o fato de o lote de vacinas do Distrito Federal ser o mesmo do de Goiás, onde a campanha já foi realizada sem registro de reações nos animais.
Em outras campanhas realizadas no DF, não houve registros de morte ou qualquer possível reação com a vacina. Menna lembra que as seringas são descartáveis e que os casos de morte ou de reações não estão exclusivamente associado às vacinas e, talvez, à forma de aplicação.
De acordo com Menna, a imunização pode realmente provocar certos efeitos colaterais. “Todo medicamento ou vacina pode ter uma reação adversa. Nesse caso, a mais grave seria o choque anafilático”, explica. O veterinário considera que o número de ocorrências registradas em São Paulo é acima do normal, mas que, a princípio, os óbitos não serão considerados como reação por conta da vacina. A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo e o Ministério da Saúde estão investigando os casos.
A Diretoria de Vigilância Ambiental e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater-DF) pretendem vacinar cerca de 20 mil animais até setembro. Amanhã, a Emater-DF vai abrir 183 postos de atendimento na área rural. Depois, numa segunda fase, a campanha será realizada na área urbana, em dois sábados (18 e 25 de setembro). Em 2009, 17 mil cães e 2,5 mil gatos foram imunizados.
Fonte: Correio Braziliense